Sintomas da depressão.

 Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais: Perda de energia ou interesse Humor deprimido Dificuldade de concentração Alterações do apetite e do sono Lentificação das atividades físicas e mentais Sentimento de pesar ou fracasso Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.
Causa da Depressão A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi. Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.
A identificação da depressão Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.
A depressão é uma doença que gera sintomas como choro fácil e indisposição, que deve receber o tratamento adequado, de forma rápida, pois estes pacientes possuem elevadas taxas de suicídio. Confira 7 sinais da depressão e ajude a identificar precocemente esta doença. 7 sinais da depressão Tristeza; Falta de energia; Falta/Aumento da apetite; Perda de interesse por atividades que antes eram interessantes para o indivíduo; Irritabilidade ou apatia; Perturbações do sono como insônia ou muito sono; Mal estar geral. Pode-se desconfiar que o indivíduo esteja desenvolvendo um quadro de depressão quando ele apresentar estes sintomas por um longo período de tempo e nada parecer conseguir livrá-lo deste quadro. Além destes sinais acima citados, a depressão pode gerar: Sintomas físicos de depressão São sintomas físicos da depressão: Dor de cabeça; Dor em todo o corpo; Prisão de ventre; Aperto no peito; Sensação de bolo na garganta; Falta de ar; Diminuição da libido; Fraqueza. Sintomas psicóticos da depressão São sintomas psicóticos da depressão: Indiferença; Baixa auto-estima; Tristeza profunda; Desesperança; Sentimento de culpa; Dificuldade de concentração; Dificuldade em tomar decisões; Pensar sobre morte ou suicídio. Diagnóstico da depressão O diagnóstico da depressão é feito pelo médico, psiquiatra ou psicólogo após uma conversa com o indivíduo. Não há necessidade de realizar exames complementares para diagnosticar esta doença, mas ela requer tratamento adequado para que a cura possa ser alcançada. Tratamento para depressão O tratamento para depressão deve ser feito com a toma de medicamentos específicos, suplementos alimentares, bons hábitos de vida e terapias como psicoterapia e terapia de grupo que são ótimas formas do indivíduo aprender a lidar com as situações que favoreceram a depressão e assim conseguir sair dela.
Estudo mostra que 69% dos sintomas físicos de depressão são de dor. O tratamento da depressão requer equipe multidisciplinar e até mesmo valores culturais e sistemas de crenças devem ser trabalhados" Depressão e somatização são duas situações que podem co-existir. Há inúmeras conexões entre o Sistema Nervoso Central (SNC) com os diversos órgãos e os sistemas neuro-hormonais. A relação entre depressão e dor deve ser focada nos neurotransmissores (substâncias químicas cerebrais que conectam as células nervosas), como a serotonina e a noradrenalina. Tais mediadores químicos, responsáveis pela modulação da dor, encontram-se diminuídos nos pacientes deprimidos. Alterações no sistema nervoso que controla a sensibilidade à dor ou no sistema límbico (que rege as emoções) causam uma mútua disfunção. Tanto a dor crônica pode levar à depressão, como o inverso também é verdadeiro. Hoje, o transtorno depressivo é a maior causa de incapacitação do mundo. A depressão pode piorar o curso de várias doenças físicas. Por exemplo, pacientes que foram vítimas de infarto do miocárdio e que têm depressão não tratada são mais vulneráveis a novos ataques cardíacos, maior incapacitação e até à morte súbita. Embora os sintomas depressivos sejam emocionais, como tristeza e anedonia (perda do prazer pelas atividades cotidianas), muitos sintomas físicos como fadiga, alterações do sono e apetite ocorrem nos deprimidos. Dor e queixas gastrintestinais são também muito comuns em pacientes com depressão. A conhecida "síndrome do cólon irritável", uma doença intestinal que causa dores abdominais generalizadas, flatulência e alterações do hábito intestinal, após exames de colonoscopia negativos, tem grande porcentagem de pacientes com depressão. A dor associada com depressão é representada por cefaléia (dor de cabeça), dor lombar ou queixas em relação à musculatura e ao esqueleto. Depressão: maioria dos sintomas é de dor Um estudo publicado na conceituada revista científica britânica New England Journal of Medicine, com 1146 pacientes deprimidos, detectou uma taxa de 69% de sintomas físicos, como dor. A ansiedade também foi bastante comum em tais pacientes. Todo paciente com dor crônica deve ser investigado para depressão. Há variações quanto ao gênero na manifestação dos sintomas físicos. A pesquisa de tais sintomas físicos da depressão é prejudicada porque algumas doenças clínicas como diabetes, asma, fibromialgia, desequilíbrios hormonais e artrite apresentam sintomas semelhantes que pioram com as situações estressoras. Embora os mecanismos, pelos quais ocorre a interação entre a mente e o corpo, não sejam ainda totalmente compreendidos, há evidências recentes de grande relevância clínica. Pacientes diabéticos deprimidos têm um precário controle da glicemia - presença de glicose no sangue. Vítimas de acidentes vasculares cerebrais ("derrames"), com depressão, têm desempenho pior nos programas de reabilitação. A depressão reduz a expectativa de vida das pessoas. Depressão X qualidade de vida O tratamento da depressão deve ter como objetivo a completa remissão dos sintomas, com retorno da funcionalidade do paciente, no dia-a-dia. É muito comum, na minha prática clínica, observar pacientes com sintomas residuais da depressão, ou seja, que ainda têm alguns sintomas da doença e prejuízos na sua qualidade de vida. Uma relação médico-paciente, fortalecida e confiável, é fundamental para o entendimento global de todas as peculiaridades que envolvem as medidas terapêuticas, medicamentosas ou psicológicas. Finalizando, o tratamento do paciente com dor crônica e depressão responde melhor aos antidepressivos com duplo mecanismo de ação (que atuam tanto na serotonina quanto na noradrenalina). É evidente que só a medicação, embora importante, não resolva. Deverá haver uma equipe multidisciplinar, coesa e interessada pelo todo do paciente, composta por fisioterapeutas, psicólogos, médicos acupunturistas, clínicos gerais e psiquiatras, entre outros. Até mesmo valores culturais e sistemas de crenças devem ser trabalhados.
O QUE ACONTECE NA PSICOTERAPIA O tratamento acontece através da comunicação verbal, ou através de metodologias e varias técnicas. A escolha dos métodos e técnicas a serem empregados depende da necessidade de cada paciente, e pode ser feita pelo analisando ou proposta pelo analista, porém sempre respeitando a vontade do paciente. O analista, um psicólogo ou psiquiatra, senta-se em frente ao seu paciente, enquanto este compartilha sua história passada e atual, suas fantasias, seus sonhos. iluminando-lhe o caminho, abrindo-lhe atalhos, compartilhando e confiando seus sentimentos, sensações e intuições durante todo o percurso. O paciente também tem uma participação ativa nesse processo, enfrentando suas dificuldades, aceitando e reconhecendo o que antes era inconsciente ou negado e desenvolvendo a dose suficiente de energia moral para aplicar o que aprendeu e percebeu em sua vida, e assim conquistar a verdadeira transformação. O tempo de duração da terapia não pode ser determinado previamente, pois depende da motivação do paciente, de sua capacidade para transformar os sintomas que o trouxeram para a análise. Sua conclusão é determinada pela percepção de que o analisando está bastante consciente de suas questões, já atingiu um grau de maturidade psíquica suficiente para “andar sozinho”. O trabalho de reconstituição da história do paciente dá-se conjuntamente e é como a construção de um jardim: no início parece não ter linhas que delimitam o relevo, ou fronteiras, mas aos poucos seu solo vai sendo fertilizado, as pragas retiradas, as plantas colocadas no lugar certo e, à medida que ambos, analista e analisando, vão se afinando e estabelecendo ressonância, mais bonito este jardim vai ficando, com cores, padrões, texturas, aromas e vida, tornando-se cada vez mais aconchegante e único. “Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles.
PSICOLOGIA/PSICOTERAPIA Uma analogia com as árvores ajuda-nos a compreender os benefícios da Psicologia para o indivíduo. As árvores expandem sua copa até o céu e mergulham suas raízes no solo, universalmente são tidas como símbolo da vida e portanto são uma representação simbólica do psiquismo humano. Uma árvore que possua poucas raízes e muitos ramos, facilmente pode ser arrancada, derrubada, desarraigada. Já uma outra, com abundantes raízes, mas uma pequena copa, dificulta a função nutridora da seiva, faltando-lhe assim energia e elementos vitais. Portanto, para uma árvore ser saudável e bela, tanto suas raízes como sua copa precisam crescer de maneira semelhante, e assim oferecer no momento correto flores, frutos, sombra e acolhimento. O mesmo é necessário ocorrer na psique de cada indivíduo, para que ele possa se realizar e realizar-se no mundo. A psicologia, portanto abre caminhos que conduzem ao autoconhecimento, para que as vivências da vida não se transformem em amargura, nem em indiferença e sim se cristalizem em experiências de sabedoria.
ipocondria e transtorno dismórfico corporal (TDC) Classificados como transtornos somatoformes, caracterizam-se por idéias prevalentes ou supervalorizadas, implicando, portanto, maior prejuízo da capacidade crítica. Tais pacientes costumam resistir ao encaminhamento para tratamento psiquiátrico ou psicológico, pois consideram apresentar algum problema físico (de saúde na hipocondria e estético no TDC). Enquanto no TOC há medo de adoecer (em geral por contaminação) ou dúvida sobre estar ou não doente (idéias obsessivas), na hipocondria existe a suspeita ou crença de já estar com alguma doença grave a partir da interpretação errônea de sinais ou sintomas físicos, com busca de diversos serviços médicos e especialistas, solicitação de exames subsidiários e descrença nos profissionais que neguem a existência do problema físico. A relação médico-paciente costuma ser difícil e frustrante bilateralmente, por vezes com franca hostilidade. As preocupações são recorrentes como no TOC, e pode-se pensar nas consultas e nos exames como rituais de verificação da saúde. Os hipocondríacos também apresentam superestimação de riscos e impossibilidade de se assegurar diante das evidências. No TDC os pacientes procuram principalmente dermatologistas e cirurgiões plásticos para tentar corrigir o suposto ou mínimo defeito físico que os atormenta, tendo comportamentos de verificação e evitação social por vezes com prejuízos pessoais significativos. Como no TOC, o tipo de preocupação irracional pode variar ao longo do tempo, mas, nesses dois quadros, atém-se ao plano somático. No TOC as obsessões de contaminação podem incluir o medo de vir a contaminar pessoas queridas, mas as obsessões somáticas nem sempre são claramente egodistônicas, dificultando a diferenciação. É importante relembrar que a simples ocorrência de sintomas obsessivo-compulsivos não implica o diagnóstico de TOC. Eles podem fazer parte da apresentação clínica de outro transtorno primário, como as depressões, esquizofrenias e demências. Podem também ser manifestações normais em determinadas fases da vida, como na infância (p. ex.: rituais na hora de dormir),2 gravidez e puerpério (p. ex.: pensamentos intrusivos sobre a saúde do feto ou rituais de verificação do bem-estar do recém-nascido). Depressão Ruminações obsessivas são comuns na depressão, e depressões são as complicações mais freqüentes do TOC. Por essa estreita relação, o TOC já foi considerado uma forma de melancolia. Enquanto as depressões tendem à evolução fásica e predominam em mulheres, o TOC costuma ser crônico, acometendo igualmente homens e mulheres.5 As medicações antiobsessivas são os antidepressivos, sendo porém eficazes apenas os de ação preponderantemente serotoninérgica, em geral em doses altas e com maior tempo de latência para o efeito (até 12 semanas no TOC).
FREUD E A PSICOLOGIA DAS MASSAS. Em Psicologia das massas e análise do eu, Sigmund Freud investiga uma questão que sempre o inquietou: o que mantém coesa uma massa de pessoas? Este que é um dos chamados “textos sociais” do autor foi construído à luz dos então mais recentes estudos sobre antropologia e psicologia dos povos. Utilizando conceitos como identificação, regressão, idealização, libido e recalque, Freud esmiúça o funcionamento dos grandes grupos e os mecanismos inconscientes que propiciam que uma multidão de seres pensantes se submeta cegamente a um líder. Gestada durante anos, mas publicada apenas em 1921, a obra traz, inerentes, ecos do momento histórico em que foi elaborada – em uma Europa devastada pela barbárie da guerra, ganhava força o movimento nazifascista. Porém, hoje, num mundo superpopuloso em que a individualidade muitas vezes é aniquilada pela força das multidões e em que a intolerância religiosa está na ordem do dia, fica ainda mais evidente a genialidade de Freud ao aplicar a psicanálise a outros campos do conhecimento, bem como o amplo alcance e a atualidade de seu pensamento. Um espírito de insurreição de massas humanas está varrendo o mundo todo, ocupando o único espaço que lhes restou: as ruas e as praças. O movimento está apenas começando: primeiro no norte da África, depois na Espanha com os “indignados”, na Inglaterra e nos USA com os “occupies” e no Brasil com a juventude e outros movimentos sociais. As manifestações do Brasil provocaram manifestações de solidariedade em dezenas e dezenas de outras cidades no mundo, especialmente na Europa. De repente o Brasil não é mais só dos brasileiros. É uma porção da humanidade que se identifica como espécie, numa mesma Casa Comum, ao redor de causas coletivas e universais. Para Freud o sujeito imerso numa massa, se comporta completamente diferente de quando é tomado em estado de isolamento? Em outros termos: como a massa consegue influenciar o sujeito de modo tão crucial, a ponto de fazê-lo pensar e agir de maneira tão diversa? Esta questão é por Freud trabalhada a partir de um diálogo com a obra de Le Bon (1895). Com efeito, ambos concordam que, numa massa, certas idéias e sentimentos subjetivos se transformam em atos com maior facilidade. Como se lá imerso, o sujeito adquirisse uma espécie de poder que lhe permite render-se a tais pensamentos e sentimentos de forma imperiosa. Para Freud, o poder em questão remete indubitavelmente a certo afrouxamento do mecanismo de recalque. Tudo se passa com se, tomado por um sentimento de onipotência, a noção de impossibilidade lhe desaparecesse, de modo que passe a não tolerar o menor hiato de espera entre um desejo e sua efetiva realização. Da mesma maneira, por mais que o sujeito massificado seja capaz de arduamente desejar algo, isto nunca se dá por muito tempo, posto ser ele incapaz de perseverar em suas aspirações. O sujeito massificado é exaltado, tem suas emoções intensificadas e pode entregar-se às mais diversas paixões. Ele se torna um inconteste, impulsivo e, por muitas vezes, contraditório. Ademais, sua singularidade parece desvanecer, fazendo com que ele pense e se comporte tal qual os demais membros do grupo. Deste modo, ele tende a ser conduzido, com maior ou menor facilidade, em conformidade com os padrões estabelecidos pela massa.
DEPRESSÃO MASCULINA A depressão masculina é um tema menos falado do que a feminina porque os homens são resistentes em tocar nos seus problemas e tendem a mascarar a depressão por uma série de caminhos. Por exemplo, um homem deprimido diz que está com deficit de memória. Outro diz que está com insônia. Sabe-se que deficit de memória, raciocínio lento, insônia, etc, são todos sintomas de depressão e, só pelo preconceito masculino, ele prefere dizê-la assim. Outros, claro, por desconhecimento e falta de contato com seu self. Mas, o mascaramento forma, sem dúvida, um índice alto e é preciso que os homens tomem contato com isso. Outros sintomas da depressão masculina e feminina também ficam por conta de embotamento emocional, falta de interesse por afetos (filhos, amigos, mulheres), falta de interesse pelo trabalho, apatia geral, perda da libido, alterações do apetite (para mais ou para menos), sonolência excessiva, cansaço geral, etc. A depressão tem, geralmente, e como primeiro sinalizador, uma tristeza infinda e até este sintoma, os homens costumam mascarar (a tristeza é feminina no conceito masculino) e, então, eles a transformam numa raiva e irritação crônica que acaba confundindo os profissionais menos desavisados. As mulheres são mais afetivas e buscam se curar da tristeza procurando afetos substitutos — amigas, trabalhos assistenciais, trabalhos manuais — cestaria, tecelagem, pintura, etc; já os homens se isolam de todos e tendem a agir com agressividade. E as causas da depressão? A depressão tem causas existenciais e funcionais. Dentre as funcionais, os neurotransmissores — serotonina, norepinefrina, dopamina e outros tem um bom peso. Neurotransmissores são substancias que carregam os impulsos nervosos de um neurônio para outro, fazendo as conexões. Se, por alguma irregularidade, genética ou não, os neurotransmissores sofrem qualquer abalo pode aparecer a depressão ou outro problema psicológico. Hoje, sabe-se que a queda de neurotransmissores no organismo pode ser provocada também por estados constantes e desfavoráveis de vida — desapoio, desconsiderações, desconfirmações assíduas e perenes — podem abalar profundamente nosso estado de alma. Então, a postura mais exata atual é afirmar que a psique influi em nosso corpo e nosso corpo influi em nossa psique. Na depressão masculina, vê-se também um grande contingente de homens recorrendo ao álcool para camuflar a tristeza; só que seu uso constante só faz agravar os sintomas do mal. Outros recorrem ao fumo, às drogas, a noitadas fora de casa com amigos, ao sexo compulsivo. A depressão, por um motivo ou outro, tem que ser tratada. Há um risco de 15% de suicídios nas depressões não tratadas (principalmente nos homens). Fora deste encaminhamento extremado, sabe-se também que a depressão masculina favorece mais do que o dobro de chances do homem desenvolver doenças cardíacas, câncer, diabetes e outras doenças, além de provocar um envelhecimento masculino mais acelerado e uma deficiência de testosterona. Vale ressaltar, finalmente, para os homens que a depressão não é sinal de fraqueza ( que em nossa cultura ainda é proibitiva aos homens) , mas que sim, trata-se de um problema para o qual há tratamento e atendimento. Isolar-se é o pior. Pesquisa: Dra. Elaine Marini
SANÇÃO DA LEI EXTINGUE MANICÔMIOS NO BRASIL Talvez Deus queira que nós conheçamos algumas pessoas erradas antes de encontrar a pessoa certa para que saibamos, ao encontrá-la, agradecer por esta bênção. Quando a porta da felicidade se fecha, outra porta se abre. Porém, estamos tão presos àquela porta fechada que não somos capazes de ver o novo caminho que se abriu. O melhor amigo é aquele com quem nos sentamos por longas horas, sem dizer uma palavra, e ao deixá-lo, temos a impressão de que foi a melhor conversa que já tivemos. Ao darmos a alguém todo o nosso amor nunca temos a certeza de que iremos receber este amor de volta. Não ame esperando algo em troca, espere para que este sentimento cresça no coração daquele que você ama. E se isto não ocorrer, esteja feliz por este sentimento estar crescendo em seu coração. Em questão de segundos nos apaixonamos por alguém, mas levamos uma vida inteira para esquecer alguém especial. Não busque boas aparências, elas podem mudar. Só precisamos de um sorriso para transformarmos um dia ruim. Encontre aquela pessoa que faça seu coração sorrir. Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraça-la. Sonhe com aquilo que você quiser, vá para onde você queira ir, seja o que você quer ser, porque você apenas possui uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos. Tenha felicidade bastante para fazê-lo doce, dificuldades para fazê-lo forte, tristeza para fazê-lo humano e esperança suficiente para fazê-lo feliz. As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram, para aqueles que se machucam, para aqueles que buscam e tentam sempre e para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O amor começa com um sorriso, cresce com um beijo e termina com uma lágrima. O futuro mais brilhante sempre estará baseado num passado esquecido; você só terá sucesso na vida quando esquecer os erros e as decepções do passado. Quando você nasceu, você estava chorando e todas as pessoas ao seu redor estavam sorrindo. Viva de um modo que, ao morrer, você seja aquele que esteja sorrindo enquanto todos á sua volta estejam chorando E o mais importante, viva na presença de Deus quando seu tempo na terra acabar. Aproveite seu tempo agora para conhecê-lo e aprender quem Ele é e, quem ele quer que você seja enquanto você está aqui. Mande esta mensagem para todos os que significam algo para você, que fazem você sorrir quando você precisa. Fonte: Conselho Federal de Psicologia. Pesquisa Dra. Elaine Marini.
AUTISMO Toda tentativa de definição do autismo tem início na primeira descrição dada por Leo Kanner em 1943 no artigo intitulado: "Distúrbios autísticos do contato afetivo" (Autistic disturbances of affective contact). São chamadas autistas as crianças que tem inaptidão para estabelecer relações normais com o outro; um atraso na aquisição da linguagem e, quando ela se desenvolve, uma incapacidade de lhe dar um valor de comunicação. Essas crianças apresentam igualmente estereotipias gestuais, uma necessidade imperiosa de manter imutável seu ambiente material, ainda que dêem provas de uma memória freqüentemente notável. Contrastando com esse quadro, elas têm, a julgar por seu aspecto exterior, um rosto inteligente e uma aparência física normal. Nessa primeira publicação Kanner ressaltava que o sintoma fundamental, "o isolamento autístico", estava presente na criança desde o início da vida. Ele sugeria que se tratava então de um distúrbio inato. http://www.parallax.com.br/anjosdebarro Retomou essa noção, juntamente com Eisenberg em 1956, observando que a síndrome pode se revelar, depois de um desenvolvimento aparentemente normal, no primeiro ou segundo ano de vida. A grande originalidade de Kanner, foi a de individualizar, em um grupo de crianças que lhe foram encaminhadas, uma nova síndrome, reunindo sinais clínicos específicos, formando um quadro clínico totalmente à parte e diferenciado das síndromes psiquiátricas pré-existentes. A descrição de Kanner organizava-se em torno do distúrbio central, que é a inaptidão das crianças em estabelecer relações normais com as pessoas e em reagir normalmente às situações desde o início da vida". Escolhendo o termo "autismo" para descrevê-lo, Kanner mostrava a importância que queria atribuir à noção de afastamento social. O conceito de autismo de Beuler foi uma fonte de confusão; pois segundo seu conceito, o autismo nos esquizofrênicos se refere a um retraimento ativo no imaginário. 1) Sugere "um retraimento" fora das relações sociais enquanto Kanner descreve uma incapacidade de desenvolvimento e relacionamento social; 2) Implica uma vida imaginária rica, enquanto Kanner sugere uma falta de imaginação; 3) Postula uma ligação com a esquizofrenia dos adultos. Isto explica o fato de psiquiatras algumas vezes terem utilizado de forma permutável os diagnósticos de esquizofrenia infantil, psicose infantil e de autismo. As etapas das primeiras pesquisas tinham a finalidade de validar o conceito de autismo, verificar sua existência universal e sua especificidade; e hierarquizar os sintomas. http://www.parallax.com.br
TRANSTORNOS ALIMENTARES Os Transtornos Alimentares são definidos como desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade, entre outros problemas físicos e incapacidades. Os principais tipos de Transtornos Alimentares são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa. Essas duas patologias são intimamente relacionadas por apresentarem alguns sintomas em comum: uma idéia prevalente envolvendo a preocupação excessiva com o peso, uma representação alterada da forma corporal e um medo patológico de engordar. Em ambos os quadros os pacientes estabelecem um julgamento de si mesmos indevidamente baseado na forma física, a qual freqüentemente percebem de forma distorcida. O impacto que os Transtornos Alimentares exercem sobre as mulheres é mais prevalente, ainda que a incidência masculina esteja aumentando assustadoramente. A Vigorexia, por exemplo, tem sido predominante nos homens, mas já se estão detectando casos de mulheres obcecadas pelo músculo. Já os Transtornos Dismórficos acometem igualmente ambos sexos. Os Transtornos Alimentares são todos aqueles que se caracterizam por apresentar alterações graves na conduta alimentar e os mais freqüentes são Anorexia e Bulimia nervosas. ANOREXIA NERVOSA A Anorexia nervosa é um transtorno emocional que consiste numa perda de peso derivada e num intenso temor da obesidade. Esses sentimentos têm como conseqüência uma serie de condutas anômalas. A Anorexia Nervosa acomete preferentemente a mulheres jovens entre 14 e 18 anos. Os sintomas mais freqüentes são: medo intenso a ganhar peso, mantendo-o abaixo do valor mínimo normal. pouca ingestão de alimentos ou dietas severas imagem corporal distorcida sensação de estar gorda quando se está magra grande perda de peso (freqüentemente em um período breve de tempo) sentimento de culpa ou depreciação por ter comido hiperatividade e exercício físico excessivo perda da menstruação excessiva sensibilidade ao frio mudanças no caráter (irritabilidade, tristeza, insônia, etc.) BULIMIA NERVOSA A Bulimia Nervosa é um transtorno mental que se caracteriza por episódios repetidos de ingestão excessiva de alimentos num curto espaço de tempo (as crises bulímicas), seguido por uma preocupação exagerada sobre o controle do peso corporal, preocupação esta que leva a pessoa a adotar condutas inadequadas e perigosas para sua saúde. A Bulimia Nervosa também acomete preferentemente a mulheres jovens ainda que algo maiores que em Anorexia. Os sintomas mais freqüentes são: - Comer compulsivamente em forma ataques de fome e a escondidas, - Preocupação constante em torno da comida e do peso, - Condutas inapropiadas para compensar a ingestão excessiva com o fim de não ganhar peso, tais como o uso excessivo de fármacos, laxantes, diuréticos e vômitos auto-provocados. - Manutenção do peso pode ser normal ou mesmo elevado, - Erosão do esmalte dentário, podendo levar à perda dos dentes, - Mudanças no estado emocional, tais como depressão, tristeza, sentimentos de culpa e ódio para si mesma.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - Q.E. O que é inteligência emocional? Quando falamos da inteligência emocional, estamos nos referindo a uma expressão criada pelo psicólogo da Universidade de Harvard, Daniel Goleman. Podemos definir o conjunto de habilidades/características chamado de Inteligência Emocional como aquelas pequenas sutilezas que determinam por exemplo, quando compartilhar informações confidenciais, quando falar durante uma reunião, como expressar-se, quando fazer reivindicações, etc. O Quociente Emocional engloba cinco dimensões: auto-motivação, auto-conhecimento, empatia, sociabilidade e capacidade de lidar com as emoções de outras pessoas. Cada vez mais estamos sujeitos à incerteza, às mudanças constantes, à pressão do tempo. Esse ambiente exige das pessoas características como praticidade, flexibilidade, criatividade, capacidade de resolver conflitos. As pessoas mais preparadas para este turbilhão de emoções sairão na frente e terão sucesso pessoal e profissional. Um alto QI (quociente de inteligência) não é garantia de sucesso. A emoção pode dar a verdadeira medida da Inteligência humana. A ausência de habilidade emocional pode ser o verdadeiro motivo de tantos casamentos desfeitos. No mundo empresarial, o QI alto consegue um bom emprego. O QE (quociente emocional) alto garante promoções.
QUER EMAGRECER? FAÇA TERAPIA Tem gente que pensa que para fazer dieta só é necessário consultar uma nutricionista ou uma dieta da moda que lhe trace um esquema alimentar e pronto. Um dia, dois, três, até funciona... daqui a pouco, pronto — já está devorando tudo a sua frente. É que para um programa alimentar sadio, deve corresponder uma cabeça sadia que ajude. Uma moça conta: "quando brigava com meu namorado ficava nervosa e comia demais". Outra nos relata:"quando saí de casa de meus pais e vim para a cidade grande, engordei 5 quilos. Sentia muita solidão e falta de um diálogo amigo a noite em casa". Viram? Entrando na referência pessoal de cada um, quem não se lembra de, após uma situação que tenha nos provocado raiva, ciúme, desconsideração, por exemplos, ter caído de boca num sorvete ou barra de chocolate? Tudo bem! Fazer isso num dia para se compensar é perdoável — não podemos ser tão rígidos sempre para conosco mesmos; agora, se você compensa tudo e sempre — tristeza, angústia, sentimentos de inadequação, sentimentos de desapoio, perdas, através da comida vai acabar assim mesmo — gordinha (o) como está. Aqui entra o valor de um processo terapêutico. A terapia vai ensiná-lo a diferenciar fome do vazio existencial. Uma determinada mulher, ansiosa demais pela nova profissão que deveria assumir, se vê comendo aos borbotões até que a terapia a fez ver seu processo e ela, consciente, controla o erro alimentar. É preciso primeiro conhecer o inimigo para depois derrotá-lo. Senão, este inimigo fica traduzido num incomodo que não definimos e, pelo caminho mais fácil, o decodificamos como fome e lá vamos nós. E assim sucessivamente. São muitos os motivos que nos levam a comer em excesso. Afinal, comer é o primeiro comportamento que fazemos na vida — é inato porque serve para manter nossa sobrevivência. Através do comer, o bebê sente o primeiro prazer e o primeiro conforto da vida e, pela vida afora associamos comida com um estado meio que nirvânico, gostoso, e feita essa associação, logo que estamos nos sentindo mal, a tendência é relacionar o mal com a falta de comida. Erro de interpretação. A terapia vai ajudá-lo a encontrar os verdadeiros motivos pelos quais você exagera. O medo da própria sexualidade e sensualidade pode fazer com que algumas mulheres comam demais. Engordando, afastam possíveis interessados. Isso acontece freqüentemente com mulheres que, tendo sofrido muito com o amor, se protegem de entrar novamente num processo de enamoramento porque temem a dor da perda e do rompimento. Não têm maiores alegrias, mas, também, se protegem de maiores tristezas. Anestesiam-se na vida. Enfim, a terapia vai fazer você enxergar suas tristezas, solidões, angústias, raivas, saudades, sentimentos de inadequação, timidez — todas emoções negativas das quais queremos fugir. Mas, não é comendo que você foge deles. Pelo contrário! O comer demais mais ansiedade traz para você. Traz culpa também, queda de auto-estima e auto-imagem. Ademais, só provoca uma sedação e um prazer imediato que não substitui a satisfação de você conseguir o que você quer realmente — estar mais magra (o) e elegante. Quando se descobre outros prazeres da vida, não se fica só na oralidade do comer —você estará de dando outros nutrientes de uma vida significativa e plena de alegrias.
DEPRESSÃO: SINTOMAS E TRATAMENTO Em algum momento, todos experimentamos a depressão. Entretanto, há casos em que ela apresenta formas mais graves, passando a ser encarada como um distúrbio. A depressão pode comprometer a capacidade da pessoa em levar uma vida normal, além de colocar sua vida em risco. A depressão pode acontecer sem causa específica. Entretanto, fatores como o stress, a perda de alguém, doenças crônicas como o diabetes, sofrer um acidente, cirurgias ou parto, ser submetido a abuso ou negligência podem desencadear transtornos depressivos. Até mesmo a falta de algumas vitaminas, como a B-1, B-2 ou B-6 podem desencadear depressão. Segundo a Classificação Internacional das Doenças (CID-X), o grau do transtorno dependerá da intensidade dos sintomas. Características gerais: A depressão atinge todas as faixas etárias. 12% dos homens e 25% das mulheres vão apresentar um episódio importante de depressão durante a vida. Em pessoas com doenças crônicas, o índice sobe para 33%. Há grande dificuldade em diagnosticar a depressão, pois existem vários tipos, com diferentes sintomas. Além disso, ela pode ser mascarada por problemas físicos ou queixas que parecem não ter relação com o distúrbio. Depressão Maior: O principal tipo de depressão é a chamada "Depressão Maior" ou unipolar. Recomenda-se que a pessoa procure um profissional de saúde para avaliação quando sofre além do normal frente a fatos de pequena importância, ficando incapacitada para as atividades cotidianas. De acordo com a Associação Psiquiátrica Americana, a Depressão Maior envolve profundo desespero e pelo menos 4 dos seguintes sintomas, com persistência de 2 semanas seguidas: insônia ou excesso de sono. aumento ou diminuição do apetite ou grande alteração de peso. perda de interesse, de energia ou cansaço. sentimentos de culpa, de inutilidade, desesperança ou desamparo. diminuição da concentração ou indecisão. idéias de morte ou suicídio. Também é possível que a pessoa apresente esses sintomas: dores musculares vagas, preocupação excessiva, baixa auto-estima, convicção ou medo de apresentar uma doença grave, ansiedade, inquietação e irritabilidade. Tratamento: Uma pessoa que sofre de depressão precisa de ajuda, pois raramente supera o problema sozinha. 90% dos casos são tratáveis. Realizar o diagnóstico mais cedo melhora as possibilidades de sucesso do tratamento. É fundamental procurar um profissional de saúde para a realização do diagnóstico e, posteriormente, do tratamento. Em geral, combina-se a administração de remédios com psicoterapias. Com o avanço da ciência, já existem vários tipos de drogas para tratar a depressão. Os efeitos da medicação levam de 1 a 8 semanas para que sejam percebidos. Prevenindo-se da depressão: Algumas recomendações podem ajudar a evitar que quadros depressivos se instalem: exercícios: Os exercícios ajudam na prevenção e no combate à depressão, sobretudo aeróbicos. Eles ajudam a regular o equilíbrio químico ligado à depressão. Depois de tempo variável , nota-se que eles elevam o moral, diminuem a ansiedade, tendem a regular o apetite, o sono e o interesse sexual, além de ajudar na auto-estima. O importante é que sejam feitos com prazer, sem que sejam vistos como competição, com metas a serem atingidas. técnicas de relaxamento: Técnicas de meditação, relaxamento e visualização de momentos agradáveis podem colaborar na promoção e manutenção do bem-estar, colaborando na prevenção.
AS DROGAS NA ADOLESCÊNCIA Na fase em que a curiosidade aproxima o jovem das drogas, o diálogo franco é o melhor caminho para que ele entenda por que dizer "não" Os números não deixam dúvida: as drogas fazem parte do universo jovem. A relação com elas é constante e, por vezes, ocorre dentro dos muros da escola. Não adianta fingir que o assunto não existe - ou, o que é comum, se livrar dele pela via da expulsão. O tema exige ação. Mas o que fazer? Pesquisas recentes têm demonstrado que apostar na repressão pura e simples não costuma dar bons resultados. Em vez disso, é melhor compreender a relação dos jovens com as drogas. Entender por que o contato com essas substâncias se intensifica na adolescência é a primeira providência. De início, é preciso explicar que a atração pelos entorpecentes tem um forte componente biológico. A principal razão é que o chamado sistema inibitório, a área do cérebro responsável pela ponderação das atitudes, ainda está se desenvolvendo durante a adolescência. A dificuldade de dizer "não", por sua vez, abre caminho para o estímulo do sistema dopaminérgico, relacionado à busca de recompensa. As substâncias psicotrópicas agem justamente sobre essa estrutura, influenciando a produção de hormônios responsáveis pela sensação de prazer. A equação, entretanto, não está completa. Além dos fatores fisiológicos, o ambiente em que os jovens se situam pode aproximá-los das drogas. Mas é um erro acreditar que os de famílias pobres ou "desestruturadas" são os mais propensos ao consumo. Pesquisas apontam que os maiores índices de contato com entorpecentes se dão com adolescentes das camadas médias da população. O certo é que características típicas da faixa etária (e que independem de classe, gênero e etnia) podem, sim, levar ao consumo. A curiosidade é uma delas. O desejo de transgredir é outra, como mostra a fala de Vicente*, 16 anos (leia o destaque acima). "A proibição é tomada pelos adolescentes como uma posição autoritária, decidida por adultos que não entendem suas condições de vida. Daí vem o embate com as regras", diz Eduardo Ely Mendes Ribeiro, antropólogo e psicanalista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre. Também é necessário ter um olhar atento para distinguir as diferentes relações que a garotada estabelece com as drogas. Muitas vezes, pais e professores tendem a classificar toda relação com entorpecentes como um vício, o que está longe de ser um retrato fiel. Há pelo menos três comportamentos: o uso esporádico (experimentação que acontece uma ou poucas vezes), o abuso (também ocasional, mas excessivo, como a atitude de beber "até cair") e o vício (esse, sim, marcado pelo uso constante. É o menos comum entre os adolescentes). "Como são múltiplas as razões que levam ao vício - genética, ambiente e o próprio poder da substância -, não há como saber se alguém que experimenta uma droga nunca mais o fará, se fará isso de vez em quando ou sempre", explica Fernanda Gonçalves Moreira, especialista no tema e doutora em Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Levar os alunos a refletir sobre essa perigosa incerteza, apontando que as consequências são para o resto da vida, é uma das maneiras de incentivar escolhas mais conscientes. A presença amorosa e firme da família, o limite dos pais, a presença constante, não com repressão e sim com interesse e amor é um grande antídoto para dizer não as drogas.
Por que a psicanálise? A psicanálise se difere de algumas terapias que tem como objetivo “eliminar o mal pela raiz”, como se diz em linguagem popular. Acredita-se que há muitos sofrimentos que não cessam simplesmente com uma amputação do mal, como se o mal tivesse uma causa apenas externa, como se fosse diretamente provocado por alguém ou algo que nos faz mal. Tratar apenas das manifestações sintomáticas seria como tentar resolver o vazamento de uma represa colocando o dedo no furo de onde escapa a água. Um dia, isso vai dar as caras novamente, em um outro lugar ou a partir de uma outra situação apresentada em nossas vidas. Ao contrário de uma eliminação, de uma solução instantânea, a psicanálise convida seus pacientes a se confrontarem com a sua própria dor. Acredita-se, assim como Freud acreditava, que todos temos responsabilidade frente ao rumo que tomamos em nossa vida. Ao contrário de vítimas dos acontecimentos, de receptores passivos de um certo saber – seja médico, psicológico ou o que for -, os sujeitos são convocados pela clínica psicanalítica a serem partes integrantes do próprio tratamento.
Os benefícios da psicoterapia na adolescência. Muito além de uma fase do desenvolvimento, a adolescência é um processo marcado por profundas alterações fisiológicas e comportamentais. O corpo do jovem é palco das mudanças trazidas pela puberdade e o adolescente precisa lidar com este corpo novo, cheio de possibilidades e responsabilidades. Todas essas mudanças fazem do adolescente um ser em transformação exigindo de seus pais, cuidadores e professores atenção redobrada. O adolescente está transitando entre o mundo infantil e o mundo adulto. Não é mais a criança com a qual estavam acostumados, mas também não tem, ainda, condições de responder por si de forma autônoma e responsável como um adulto. O adolescente movimenta-se entre esses dois planos exigindo em cada momento o cuidado que necessita, ora limites claros e firmes, oferecendo apoio e carinho, ora incentivando a autonomia, a responsabilidade e a construção de uma vida adulta. Neste contexto, a psicoterapia apresenta-se como um espaço único, oferecendo ao jovem um espaço protegido eticamente e comprometido com sua saúde. A psicoterapia é um espaço de elaboração e reflexão, onde o jovem pode se voltar para suas dúvidas, conflitos e questões contando, sempre, com a compreensão e o apoio de um profissional profundamente comprometido com sua saúde e bem-estar.
Psicanálise... A Psicanálise é ao mesmo tempo um modo particular de tratamento do desequilíbrio mental e uma teoria psicológica que se ocupa dos processos mentais inconscientes; uma teoria da estrutura e funcionamento da mente humana e um método de análise dos motivos do comportamento; uma doutrina filosófica e um método terapêutico de doenças de natureza psicológica supostamente sem motivação orgânica. Originou-se na prática clínica do médico e fisiologista Josef Breuer, devendo-se a Sigmund Freud (1856-1939) a valorização e aperfeiçoamento da técnica e os conceitos criados nos desdobramentos posteriores do método e da doutrina, o que ele fez valendo-se do pensamento de alguns filósofos e de sua própria experiência profissional.
O TRABALHO DA PSICOTERAPIA NO SENTIMENTO DE INSEGURANÇA. A INSEGURANÇA HOJE É UM DOS GRANDES INDICADORES DE PROCURA À TERAPIA. MUITOS FATORES PODEM SER RESPONSÁVEIS PELA INSEGURANÇA, POR EXEMPLO: O HISTÓRICO DE VIDA DE CADA UM; EXPERIÊNCIAS INDIVIDUAIS. MAS O FATOR MAIS MARCANTE DOS INSEGUROS É O APEGO. ESTE É O GRANDE RESPONSÁVEL PELA INSEGURANÇA, POIS LEVA O INDIVÍDUO À SENSAÇÕES DESAGRADÁVEIS E DESPRAZEROSAS COMO O DE ESPERAR QUE OS OUTROS PRODUZAM EM SI O QUE ELE PRÓPRIO NÃO CONSEGUE PRODUZIR, OU SEJA, NECESSIDADES BÁSICAS QUE NÃO FORAM PRODUZIDAS NO DECORRER DE SUA VIDA E QUE ESPERA ENCONTRAR NOS OUTROS, TAIS COMO: A VALORIZAÇÃO, ACEITAÇÃO, AFETO, AMOR, APROVAÇÃO, ETC. ISTO CAUSA DEPENDÊNCIA E ESTA FAZ COM QUE VOCÊ NÃO SE PERCEBA E NEM SE SINTA, POIS SUA ATENÇÃO FICA FOCADA PARA O OUTRO. EM RAZÃO DISTO, VOCÊ SE ABANDONA E PASSA A VIVER AS NECESSIDADES E A VIDA DO OUTRO DE FORMA TÃO ENVOLVENTE, QUE NEM PERCEBE QUE SE ESTÁ SE ABANDONANDO A SI PRÓPRIO. ESTA ATITUDE O TORNA VITIMA DE SI MESMO, FAZENDO COM QUE PERCA A OPORTUNIDADE DE VIVENCIAR O MOMENTO PRESENTE... DE CRESCER ... DE SENTIR-SE COMO UMA PESSOA CAPACITADA..., FORTE, SEGURA, CONFIANTE... E O MAIS IMPORTANTE: DEIXA DE PERCEBER O GRANDE POTENCIAL QUE EXISTE DENTRO DE VOCÊ. A TRATAMENTO PSICOTERÁPICO DA AO INDIVIDUO A OPORTUNIDADE, DE COLOCAR-SE À DISPOSIÇÃO DE SÍ MESMO, ENTRANDO EM CONTATO COM A SUA EXISTÊNCIA FÍSICA, SUAS EMOÇÕES, SEUS SENTIMENTOS E PENSAMENTOS, PERCEBENDO O BELO QUE EXISTE EM SI E SE DESAPEGUE. O APEGO NÃO É INTELIGENTE, NÃO É SAUDÁVEL. a PSICOTERAPIA LIBERTA E DESENVOLVE SENTIMENTOS DE SERENIDADE, DE AMIZADE E PAZ INTERIOR.
SÍNDROME DE BURNOUT A síndrome está ligada aos agentes estressores do trabalho. A síndrome está ligada aos agentes estressores do trabalho.A síndrome está ligada aos agentes estressores do trabalho.A síndrome está ligada aos agentes estressores do trabalho. A Síndrome de Burnout é uma doença psicológica caracterizada pela manifestação inconsciente do esgotamento emocional. Tal esgotamento ocorre por causa de grandes esforços realizados no trabalho que fazem com que o profissional fique mais agressivo, irritado, desinteressado, desmotivado, frustrado, depressivo, angustiado e que se avalia negativamente. A pessoa que apresenta tal síndrome, além de manifestar as sensações acima descritas, perde consideravelmente seu nível de rendimento e de responsabilidade para com as pessoas e para com a organização que faz parte. Pode ocorrer em profissionais de diferentes áreas que possuem contato direto com pessoas. Também apresenta manifestações fisiológicas como cansaço, dores musculares, falta de apetite, insônia, frieza, dores de cabeça freqüente e dificuldades respiratórias.
Rara entrevista de Freud quarta-feira, 30 maio , 2012 postado por niskama O valor da vida. Uma entrevista rara de Freud. Tradução de Paulo Cesar Souza Tradução de Paulo Cesar Souza – 20 de abril de 2010 Fonte: http://www.espacopsicanalitico.com.br/Freudentrevista.htm Entre as preciosidades encontradas na biblioteca da Sociedade Sigmund Freud está essa entrevista. Foi concedida ao jornalista americano George Sylvester Viereck, em 1926. Deve ter sido publicada na imprensa americana da época. Acreditava-se que estivesse perdida, quando o Boletim da Sigmund Freud Haus publicou uma versão condensada, em 1976. Na verdade, o texto integral havia sido publicado no volume Psychoanalysis and the Fut número especial do “Journal of Psychology”, de Nova Iorque, em 1957. É esse texto que aqui reproduzimos, provavelmente pela primeira vez em português. Setenta anos ensinaram-me a aceitar a vida com serena humildade. Quem fala é o professor Sigmund Freud, o grande explorador da alma. O cenário da nossa conversa foi uma casa de verão no Semmering, uma montanha nos Alpes austríacos. Eu havia visto o pai da psicanálise pela última vez em sua casa modesta na capital austríaca. Os poucos anos entre minha última visita e a atual multiplicaram as rugas na sua fronte. Intensificaram a sua palidez de sábio. Sua face estava tensa, como se sentisse dor. Sua mente estava alerta, seu espírito firme, sua cortesia impecável como sempre, mas um ligeiro impedimento da fala me perturbou. Parece que um tumor maligno no maxilar superior necessitou ser operado. Desde então Freud usa uma prótese, para ele uma causa de constante irritação. S. Freud: Detesto o meu maxilar mecânico, porque a luta com o aparelho me consome tanta energia preciosa. Mas prefiro ele a maxilar nenhum. Ainda prefiro a existência à extinção. Talvez os deuses sejam gentis conosco, tornando a vida mais desagradável à medida que envelhecemos. Por fim, a morte nos parece menos intolerável do que os fardos que carregamos. Freud se recusa a admitir que o destino lhe reserva algo especial. - Por quê – disse calmamente – deveria eu esperar um tratamento especial? A velhice, com sua agruras chega para todos. Eu não me rebelo contra a ordem universal. Afinal, mais de setenta anos. Tive o bastante para comer. Apreciei muitas coisas – a companhia de minha mulher, meus filhos, o pôr do sol. Observei as plantas crescerem na primavera. De vez em quando tive uma mão amiga para apertar. Vez ou outra encontrei um ser humano que quase me compreendeu. Que mais posso querer? George Sylvester Viereck: O senhor teve a fama, disse que Sua obra influi na literatura de cada país. O homem olha a vida e a si mesmo com outros olhos, por causa do senhor. E recentemente, no seu septuagésimo aniversário, o mundo se uniu para homenageá-lo – com exceção da sua própria Universidade. S. Freud: Se a Universidade de Viena me demonstrasse reconhecimento, eu ficaria embaraçado. Não há razão em aceitar a mim e a minha obra porque tenho setenta anos. Eu não atribuo importância insensata aos decimais. A fama chega apenas quando morremos, e francamente, o que vem depois não me interessa. Não aspiro à glória póstuma. Minha modéstia não e virtude. George Sylvester Viereck: Não significa nada o fato de que o seu nome vai viver? S. Freud: Absolutamente nada, mesmo que ele viva, o que não e certo. Estou bem mais preocupado com o destino de meus filhos. Espero que suas vidas não venham a ser difíceis. Não posso ajudá-los muito. A guerra praticamente liquidou com minhas posses, o que havia poupado durante a vida. Mas posso me dar por satisfeito. O trabalho é minha fortuna. Estávamos subindo e descendo uma pequena trilha no jardim da casa. Freud acariciou ternamente um arbusto que florescia. S. Freud: Estou muito mais interessado neste botão do que no que possa me acontecer depois que estiver morto. George Sylvester Viereck: Então o senhor é, afinal, um profundo pessimista? S. Freud: Não, não sou. Não permito que nenhuma reflexão filosófica estrague a minha fruição das coisas simples da vida. George Sylvester Viereck: O senhor acredita na persistência da personalidade após a morte, de alguma forma que seja? S. Freud: Não penso nisso. Tudo o que vive perece. Por que deveria o homem construir uma exceção? George Sylvester Viereck: Gostaria de retornar em alguma forma, de ser resgatado do pó? O senhor não tem, em outras palavras, desejo de imortalidade? S. Freud: Sinceramente não. Se a gente reconhece os motivos egoístas por trás de conduta humana, não tem o mínimo desejo de voltar a vida, movendo-se num círculo, seria ainda a mesma. Além disso, mesmo se o eterno retorno das coisas, para usar a expressão de Nietzsche, nos dotasse novamente do nosso invólucro carnal, para que serviria, sem memória? Não haveria elo entre passado e futuro. Pelo que me toca estou perfeitamente satisfeito em saber que o eterno aborrecimento de viver finalmente passará. Nossa vida é necessariamente uma série de compromissos, uma luta interminável entre o ego e seu ambiente. O desejo de prolongar a vida excessivamente me parece absurdo. George Sylvester Viereck: Bernard Shaw sustenta que vivemos muito pouco, disse eu. Ele acha que o homem pode prolongar a vida se assim desejar, levando sua vontade a atuar sobre as forças da evolução. Ele crê que a humanidade pode reaver a longevidade dos patriarcas. - É possível, respondeu Freud, que a morte em si não seja uma necessidade biológica. Talvez morramos porque desejamos morrer. Assim como amor e ódio por uma pessoa habitam em nosso peito ao mesmo tempo, assim também toda a vida conjuga o desejo de manter-se e o desejo da própria destruição. Do mesmo modo com um pequeno elástico esticado tende a assumir a forma original, assim também toda a matéria viva, consciente ou inconscientemente, busca readquirir a completa, a absoluta inércia da existência inorgânica. O impulso de vida e o impulso de morte habitam lado a lado dentro de nós. A Morte é a companheira do Amor. Juntos eles regem o mundo. Isto é o que diz o meu livro: Além do Princípio do Prazer. No começo, a psicanálise supôs que o Amor tinha toda a importância. Agora sabemos que a Morte é igualmente importante. Biologicamente, todo ser vivo, não importa quão intensamente a vida queime dentro dele, anseia pelo Nirvana, pela cessação da “febre chamada viver”, anseia pelo seio de Abraão. O desejo pode ser encoberto por digressões. Não obstante, o objetivo derradeiro da vida é a sua própria extinção. Isto, exclamei, é a filosofia da autodestruição. Ela justifica o auto-extermínio. Levaria logicamente ao suicídio universal imaginado por Eduard von Hartamann. S.Freud: A humanidade não escolhe o suicídio porque a lei do seu ser desaprova a via direta para o seu fim. A vida tem que completar o seu ciclo de existência. Em todo ser normal, a pulsão de vida é forte o bastante para contrabalançar a pulsão de morte, embora no final resulte mais forte. Podemos entreter a fantasia de que a Morte nos vem por nossa própria vontade. Seria mais possível que pudéssemos vencer a Morte, não fosse por seu aliado dentro de nós. Neste sentido acrescentou Freud com um sorriso, pode ser justificado dizer que toda a morte é suicídio disfarçado. Estava ficando frio no jardim. Prosseguimos a conversa no gabinete. Vi uma pilha de manuscritos sobre a mesa, com a caligrafia clara de Freud. George Sylvester Viereck: Em que o senhor está trabalhando? S. Freud: Estou escrevendo uma defesa da análise leiga, da psicanálise praticada por leigos. Os doutores querem tornar a análise ilegal para os não médicos. A História, essa velha plagiadora, repete-se após cada descoberta. Os doutores combatem cada nova verdade no começo. Depois procuram monopoliza-la. George Sylvester Viereck: O senhor teve muito apoio dos leigos? S. Freud: Alguns dos meus melhores discípulos são leigos. George Sylvester Viereck: O senhor está praticando muito psicanálise? S. Freud: Certamente. Neste momento estou trabalhando num caso muito difícil, tentando desatar os conflitos psíquicos de um interessante novo paciente. Minha filha também é psicanalista, como você vê… Nesse ponto apareceu Miss Anna Freud acompanhada por seu paciente, um garoto de onze anos, de feições inconfundivelmente anglo-saxonicas. George Sylvester Viereck: O senhor já analisou a si mesmo? S. Freud: Certamente. O psicanalista deve constantemente analisar a si mesmo. Analisando a nós mesmos, ficamos mais capacitados a analisar os outros. O psicanalista é como o bode expiatório dos hebreus. Os outros descarregam seus pecados sobre ele. Ele deve praticar sua arte à perfeição para desvencilhar-se do fardo jogado sobre ele. George Sylvester Viereck: Minha impressão, observei, é de que a psicanálise desperta em todos que a praticam o espírito da caridade cristão. Nada existe na vida humana que a psicanálise não possa nos fazer compreender. “Tout comprec’est tout pardonner”. Pelo contrário! – bravejou Freud, suas feições assumindo a severidade de um profeta hebreu. Compreender tudo não é perdoar tudo. A análise nos ensina não apenas o que podemos suportar, mas também o que podemos evitar. Ela nos diz o que deve ser eliminado. A tolerância com o mal não e de maneira alguma um corolário do conhecimento. Compreendi subitamente porque Freud havia litigado com os seguidores que o haviam abandonado, por que ele não perdoa a sua dissensão do caminho reto da ortodoxia psicanalítica. Seu senso do que é direito é herança dos seus ancestrais. Una herança de que ele se orgulha como se orgulha de sua raça. Minha língua, ele me explicou, é o alemão. Minha cultura, mina realização é alemã. Eu me considero um intelectual alemão, até perceber o crescimento do preconceito anti-semita na Alemanha e na Áustria. Desde então prefiro me considerar judeu. Fiquei algo desapontado com esta observação. Parecia-me que o espírito de Freud deveria habitar nas alturas, além de qualquer preconceito de raças que ele deveria ser imune a qualquer rancor pessoal. No entanto, precisamente a sua indignação, a sua honesta ira, tornava o mais atraente como ser humano. Aquiles seria intolerável, não fosse por seu calcanhar!, Fico contente, Herr Professor, de que também o senhor tenha seus complexos, de que também o senhor demonstre que é um mortal! Nossos complexos, replicou Freud, são a fonte de nossa fraqueza; mas com freqüência são também a fonte de nossa força.
A Participação de Pais/Cuidadores na Escola A participação de pais na vida escolar dos filhos é reconhecida por muitos professores como um fator importante para o rendimento do aluno em sala de aula, influenciando, portanto no desempenho das atividades educativas. Para Bastos (2001, p. 66), a escola apresenta a preocupação de levar o conhecimento científico ao aluno, dando continuidade e complementando a educação familiar. Para isto, preocupa-se como conseguir a adesão da família nas atividades escolares. Muitas atitudes tomadas dentro da instituição escolar, podem influenciar e aprofundar as dificuldades vividas por uma criança. Entretanto, muitas crianças apresentam algumas dificuldades que somente a escola, poderia observar e informar aos pais. Na educação deve haver conhecimento, disponibilidade, e empenho por parte da família em saber o que está acontecendo dentro da escola, reconhecendo e estimulando a aprendizagem da criança. Com isso, estará colaborando para o desenvolvimento da mesma. Contudo, sabe-se que muitas famílias não participam efetivamente do cotidiano escolar dos filhos e, consequentemente, influenciam negativamente no desenvolvimento do aluno em sala de aula. Os educadores buscam estratégias para que os pais se envolvam mais no processo de aprendizagem através de reuniões, que são utilizadas para relatar o que acontece na escola e com o aluno e/ ou promovem atividades de integração entre pais e filhos. Apesar dos esforços, nem sempre os pais comparecem nestes eventos, frustrando as expectativas da escola. Para que os pais participem do cotidiano escolar dos filhos é necessário que a escola tome a iniciativa de convidá-los, visto que muitos pais não têm o conhecimento de como é o processo de aprendizagem ou mesmo, como podem auxiliar nas dificuldades encontradas na instituição. Por isso, uma das formas mais utilizadas pelas escolas para que os pais participem do aprendizado dos filhos, é o dever de casa, que é uma forma para que possam perceber as dificuldades e o rendimento do filho. O planejado como parte complementar do processo ensino-aprendizagem, o dever de casa não somente afeta o trabalho do docente, mas a vida dos estudantes fora da escola e sua rotina familiar, uma vez que a conexão entre as atividades de sala de aula e de casa promovem a aproximação familiar, em apoio as atividades escolares. Portanto, como fundamental componente da interação família–escola, o dever de casa ocorre através de uma política simples, ampliada por famílias e escolas, a uma política formal que profere os esforços educativos destas instituições. O sucesso escolar depende em grande parte, do apoio direto e sistemático da família, que investe nos filhos, compensando tanto dificuldades individuais quanto deficiências escolares. Como podemos perceber, o desempenho das crianças na escola depende, em grande parte, mas não exclusivamente, da participação e colaboração dos pais. Portanto as escolas devem buscar formas de parcerias com as famílias de seus alunos, para que juntos possam desenvolver uma educação proveitosa e de qualidade. Uma das formas mais eficazes de ganhar a confiança dos pais, é abordar assuntos relacionados à vida escolar de seus filhos, escutar e debater propostas que visem esclarecer assuntos conflituosos para ambas as partes. Portanto, a parceria entre as duas instituições que são responsáveis pela educação e integração das crianças na sociedade, deve ser extremamente colaborativa, para que juntas, possam desenvolver estratégias para uma educação de qualidade. Fonte: http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-participacao-dos-pais-no-processo-de-escolarizacao-dos-filhos#ixzz2cY65DBwN Psicologado - Artigos de Psicologia
Diferentes Caminhos para uma Felicidade Sempre Insuficiente. O objectivo para o qual o princípio do prazer nos impele — o de nos tornarmos felizes — não é atingível; contudo, não podemos — ou melhor, não temos o direito — de desistir do esforço da sua realização de uma maneira ou de outra. Caminhos muito diferentes podem ser seguidos para isso; alguns dedicam-se ao aspecto positivo do objectivo, o atingir do prazer; outros o negativo, o evitar da dor. Por nenhum destes caminhos conseguimos atingir tudo o que desejamos. Naquele sentido modificado em que vimos que era atingível, a felicidade é um problema de gestão da libido em cada indivíduo. Não há uma receita soberana nesta matéria que sirva para todos; cada um deve descobrir por si qual o método através do qual poderá alcançar a felicidade. Toda a espécie de factores irá influenciar a sua escolha. Depende da quantidade de satisfação real que ele irá encontrar no mundo externo, e até onde acha necessário tornar-se independente dele. Por fim, na confiança que tem em si próprio do seu poder de modificar conforme os seus desejos. Mesmo nesta fase, a constituição mental do indivíduo tem um papel decisivo, para além de quaisquer considerações externas. O homem que é predominantemente erótico irá escolher em primeiro lugar relações emocionais com os outros; o tipo narcisista, que é mais auto-suficiente, procurará a sua satisfação essencial no trabalho interior da sua alma; o homem de acção nunca abandonará o mundo externo no qual pode experimentar o seu poder. Sigmund Freud, in 'A Civilização e os Seus Descontentamentos' Tema(s): Felicidade
"Faço a distinção entre desejar e querer. Desejar é pretender algo do ponto de vista imediato, rápido, como satisfazer um capricho ou uma pulsão. Querer, pelo contrário, é pretender alguma coisa com mais alcance e ter capacidade para adiar a recompensa, saber esperar."Autor - Rojas , Enrique Fonte: Xis (Público) / 20050212
Tu Dás-me Objetivos, Direção e Felicidade Eu estava à procura na ciência da satisfação que o esforço da pesquisa e o momento da descoberta oferecem; eu nunca fui daquelas pessoas que não aguentam o pensamento de terem desperdiçado a sua vida antes de terem conseguido escrever o seu nome na rocha pelo meio das ondas. Mas quando penso como é que eu seria se não te tivesse encontrado – sem ambição, sem saber desfrutar os pequenos prazeres da vida, sem qualquer fascínio pela magia do ouro, e ao mesmo tempo dotado de uma inteligência moderada e sem quaisquer meios materiais – iria sentir-me muito miserável e entraria em declínio. Tu dás-me não apenas objetivos e direção, mas também tanta felicidade, que nunca poderia sentir-me insatisfeito com o presente infortunado que vivo neste momento; tu dás-me esperança e a certeza do sucesso. Eu sabia-o mesmo antes de tu me amares e sei-o agora que tu me amas, e é graças a ti que me tornei um homem auto-confiante e corajoso. Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, 9 de Setembro 1883 (excerto)
Carta de Amor. Eu sabia que seria apenas depois de te teres ido embora que iria perceber a completa extensão da minha felicidade e, alas! o grau da minha perda também. Ainda não a consegui ultrapassar, e se não tivesse à minha frente aquela caixinha pequena com a tua doce fotografia, pensaria que tudo não teria passado de um sonho do qual não quereria acordar. Contudo os meus amigos dizem que é verdade, e eu próprio consigo-me lembrar de detalhes ainda mais charmosos, ainda mais misteriosamente encantadores do que qualquer fantasia sonhadora poderia criar. Tem que ser verdade. Martha é minha, a rapariga doce da qual todos falam com admiração, que apesar de toda a minha resistência cativou o meu coração logo no primeiro encontro, a rapariga que eu receava cortejar e que veio para mim com elevada confiança, que fortaleceu a minha confiança em mim próprio e me deu esperanças e energia para trabalhar, na altura que eu mais precisava. Quando tu voltares, querida rapariga, já terei vencido a timidez e estranheza que até agora me inibiu perante a tua presença. Iremos sentar-nos de novo sozinhos naquele pequeno quarto agradável, vais-te sentar naquela poltrona castanha , eu estarei a teus pés no banquinho redondo, e falaremos do tempo em que não existirá diferença entre noite e dia, onde não existirão intrusos nem despedidas, nem preocupações que nos separem. A tua amorosa fotografia. No início, quando eu tinha o original à minha frente não pensei nada sobre a mesma; mas agora, quanto mais olho para ela mais esta se assemelha ao objecto amado; espero que o rosto pálido se transforme na cor das nossas rosas, e que os braços delicados se desprendam da superfície e prendam a minha mão; mas a imagem preciosa não se move, parece apenas dizer: «Paciência! Paciência” Eu sou apenas um símbolo, uma sombra no papel; a tua amada irá voltar, e depois podes negligenciar-me de novo». Eu gostaria imenso de colocar esta fotografia entre os deuses da minha casa que pairam acima da minha secretária, mas embora eu possa mostrar os rostos severos dos homens que reverencio, quero esconder a face delicada da minha amada só para mim. Vai continuar na tua pequena caixinha e eu não me atrevo a confessar a quantidade de vezes, nestas últimas vinte e quatro horas, que tranquei a minha porta para poder tirar a fotografia da caixa e refrescar a minha memória.
A Vida e o Jogo Quando a criança cresceu e abandonou os seus jogos, quando durante anos se esforçou psiquicamente por agarrar as realidades da vida com a seriedade desejada, pode acontecer que um dia se encontre de novo numa disposição psíquica que volta a apagar esta oposição entre o jogo e a realidade. O homem adulto lembra-se da grande seriedade com que se entregava aos jogos infantis e acaba por comparar as suas ocupações por assim dizer graves com esses jogos dos tempos da infância: liberta-se então da opressão demasiado pesada da vida e conquista a fruição superior do humor. Sigmund Freud, in 'Ensaios de Psicanálise Aplicada (1908)'
Esforçamo-nos Mais por Evitar o Sofrimento do que Procurar o Prazer. Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é que faz de nós seres tão refinados. Porque é que não nos embriagamos? Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez. Porque é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer. Sigmund Freud, in 'Correspondência (1883)'
Psicólogo, Psicanalista e Psiquiatra você sabe qual é a diferença ? Para ser um profissional da psicologia, a pessoa interessada deve cursar uma faculdade de psicologia (com duração de 5 anos). Durante o curso, estudamos diversas matérias e disciplinas, inclusive psicofarmacologia, ou seja, os principais remédios psiquiátricos e sua ação no organismo. Mas, mesmo tendo este conhecimento, não podemos receitar nenhum tipo de remédio para nossos pacientes. Esta função cabe somente aos profissionais que se formaram em medicina e fizeram especialização em psiquiatria. Estudamos diversas abordagens que podem ser utilizadas no consultório e na clínica. Entre estas abordagens, podemos encontrar a psicanálise. A psicanálise foi fundada por Sigmund Freud e é, além de uma técnica muito útil para tratar diversos sintomas, problemas e dificuldades mentais e emocionais, uma importante teoria sobre o ser humano, que teve influência em diversas outras áreas, como a antropologia, filosofia, letras Psiquiatria. A psiquiatria é uma especialidade da medicina. Para ser um profissional da psiquiatria, a pessoa deve cursar 6 anos de faculdade de medicina e, após este período, realizar a especialização em psiquiatria (geralmente em 4 anos). Após a conclusão, o profissional estará habilitado a receitar medicamentos para os pacientes que sofrem de determinados problemas mentais, que vão desde problemas simples como insônia e ansiedade até os pacientes com transtornos mais graves, como esquizofrenia. Psicanálise Para se tornar um psicanalista, existem basicamente duas formas. A forma mais completa é realizar um curso em uma instituição de formação analítica que tem duração mínima de 4 anos com seminários teóricos, supervisão clínica e análise pessoal.Existem também diversas linhas da psicanálise e isto se reflete na existência de instituições diferentes. A Análise é um método de investigação dos processos mentais que, de outra forma, são praticamente inacessíveis o tratamento de distúrbios neuróticos. E ainda fica uma pergunta a ser respondida – como escolher o melhor profissional para se tratar? Bem, se você avalia que existe a necessidade de medicação ou se o seu médico lhe orientou a tomar um determinado medicamento psiquiátrico, busque um psiquiatra. Se você deseja entender melhor os seus problemas e encontrar formas para mudar, escolha um profissional da psicologia e lhe pergunte em qual abordagem ele se especializou. Você poderá procurar por informações sobre aquela abordagem e, depois de conhecer melhor, poderá avaliar se você se sente bem com a abordagem ou não. Um bom profissional sabe fazer uma boa avaliação e uma correta indicação de tratamento. Se você quer realizar um profundo processo de auto-conhecimento, sugiro a procura de um psicanalista. Mas como disse acima, um psicanalista também pode ser psicólogo, de forma que você pode também procurar um psicólogo que se especializou em psicanálise. O mais importante é procurar um bom profissional para avaliar que tipo de problema você está vivenciando no momento, se é necessário o uso de algum medicamento, se sim, também avaliar se este medicamento está lhe ajudando ou não. Também é de extrema importância avaliar se a terapia com um psicólogo ou psicanalista está trazendo resultados e crescimento pessoal e, por fim, se você se sente bem e confia naquela profissional.
RELIGIÃO Sigmund Freud [a religião é] um sistema de doutrinas e promessas que, por um lado, lhe explicam os enigmas deste mundo com perfeição invejável e que, por outro lado, lhe garantem que uma Providência cuidadosa velará por sua vida e o compensará, numa existência futura, de quaisquer frustrações que tenha experimentado aqui. O homem comum só pode imaginar essa Providência sob a figura de um pai ilimitadamente engrandecido. Apenas um ser desse tipo pode compreender as necessidades dos filhos dos homens, enternecer-se com suas preces e aplacar-se com os sinais de seu remorso. Tudo é tão patentemente infantil tão estranho à realidade, que, para qualquer pessoa que manifeste uma atitude amistosa em relação à humanidade, é penoso pensar que a grande maioria dos mortais nunca será capaz de superar essa visão da vida. Mais humilhante ainda é descobrir como é vasto o número de pessoas de hoje que não podem deixar de perceber que essa religião é insustentável e, não obstante isso, tentam defendê-la, item por item, numa série de lamentáveis atos retrógrados.
A FUNÇÃO DO PAI NA VIDA DOS FILHOS...  O bom relacionamento do pai funciona como um espelho para o filho. Para o menino o pai contribui para identificação com as funções masculinas, através de sentimentos protetores ao ajuda-lo em suas dificuldades, estimulando o desenvolvimento criativo em seus diferentes estágios. As meninas por meio do convívio com um pai bom, incorporam sua imagem que de forma positiva as ajudarão a fazer escolhas menos conflituosas e mais sadias com o sexo oposto. Pai e mãe são figuras complementares e as conseqüências da carência paterna são tão graves quanto as da materna. O pai tem uma importante participação na noção de trabalho (tanto para o menino quanto para a menina), de responsabilidade, de disciplina, de cumprimento de horários e de restabelecimento com lei. Assistimos no nosso cotidiano a um fenômeno social e cultural que muito tem nos chamado atenção: a desvalorização da função paterna, o lugar da lei, tem sido preterido a pretexto de algumas mudança na contemporaneidade e o resultado disso é a violência e a falta de organização psíquica. Por isso quando pensamos em função paterna algumas tarefas básicas surgem como consenso. O pai é aquele que se introduz na díade mãe e filho com o objetivo de impedir que a relação fusional que mantém a criança grudada a mãe desde o nascimento impeça o desenvolvimento da individualidade da criança, o pai age como um facilitador da separação-individuação impulsionando o filho a seguir adiante. A partir deste momento ele se oferece como um elemento importante e fundamental para a identificação que antes era restrito a mãe. Contudo o pai só fará parte desta dinâmica se for reconhecido pela mãe como tal se for reconhecido como uma autoridade da lei. É importante também que o pai se predispunha a fazer parte desta relação mãe-filho e conheça a responsabilidade desta função. O exercício da função paterna pressupõe muito mais do que a simples presença masculina na relação com o filho, acreditamos que esta função se localiza no espaço entendido como a representação da lei . Se a lei do pai é aceita e internalizada progressivamente pelo filho, esse, filho, passa a ver que no mundo existem as outras pessoas, que o mundo não é só dela e para ela. A entrada no mundo humano marca a despedida da onipotência infantil, além de ressaltar para a criança o contato com os próprios limites, com a alteridade e com a morte. A obediência à lei, a ordem e a moral é sem dúvida nenhuma um ato de filiação. Ao se constituir “lei” a função paterna favorece a formação do superego (do que é certo e errado em cada cultura), propicia para criança e para o adolescente a possibilidade de interiorização de uma série de regras morais que são fundamentais para o convívio social. O pai é o sustentador da lei, ele esta na posição de representá-la para a criança. A presença da função paterna garante o funcionamento das instituições ou de quaisquer formações coletivas, a lei paterna introjetada assegura a permanência do que se costuma chamar de vínculo ou laço social. PRECISAMOS URGENTE DE VOLTA NA SOCIEDADE A FUNÇÃO PATERNA para que possamos desenvolver uma sociedade mais saudável, dentro é claro das potencialidades de cada um, só assim a agressividade e a violência que nos abala tanto terá um caminho diferente. A função paterna forma indivíduos mais maduros e preparados para exercer seu papel na sociedade e como futuros pais. Acreditamos que se não conseguirmos recuperar o papel do pai (da lei), sera muito difícil termos jovens que neste momento vêem a lei (função do pai), no traficante, nas armas, e na violência. A falta do pai os leva para o caminho da exclusão e do desvio. Se vivemos em um mundo sem limites é porque a sociedade perdeu a noção da diferença dos papeis parentais. Precisamos resgatar o espaço que a função paterna sempre teve ao longo da historia na relação com seus filhos, espaço este que nos dava liberdade e segurança. Leslie Marion Menezes Pisicologa-Psicanalista CRP 07/08491 ;