COMO MUDAR UM COMPORTAMENTO QUE ME PREJUDICA.




As pessoas geralmente não continuam a repetir padrões de comportamento a menos que retirem alguma forma de recompensa desse comportamento específico. Assim que você perceba quais as necessidades psicológicas que estão associadas ao comportamento indesejado, passa a ser mais fácil mudar esse comportamento e consequentemente  encontrar uma alternativa mais gratificante, saudável e adequada
O importante é reconhecer que os comportamentos indesejados estão freqüentemente associados com uma mistura de consequências desejadas e outras indesejadas. Por exemplo, quando você quebra uma dieta e come demais pode, sentir culpa ou vergonha, mas você também pode sentir excitação e satisfação revoltando-se contra as regras auto-impostas.Um dos retornos mais importantes, muitas vezes associados com o comportamento indesejado é a redução da ansiedade ou tensão.Diferentes tipos de comportamentos indesejados, funcionam como "ajuda" para as pessoas, reduzindo temporariamente os sentimentos de ansiedades. Sendo que essa suposta "ajuda"  torna-se na grande maioria das vezes no próprio problema.
Sabemos então, que na grande maioria das vezes para qualquer comportamento indesejado que temos, gera-se um conflito interno. Esse conflito interno tem a sua origem e é depois alimentado devido à sua recompensa psicológica (por exemplo: aliviar a ansiedadeaumentar a auto-estima ou evitar a dor), no entanto as consequências desse mesmo comportamentos são disfuncionais, ou seja aumentam ainda mais o problema (por exemplo: aumento de peso, adiar consecutivamente, afastamento social). A situação torna-se num ciclo vicioso crescente, dado que comportamento gera comportamento e consequentemente, comportamento indesejado gera comportamentos indesejados.
Este ciclo vicioso crescente se chama Neurose, mas se você realmente quer se ver livre destas repetições só há uma maneira "FAZER UMA PSICOTERAPIA OU UMA ANÁLISE" o melhor investimento que você poderá fazer na sua vida é ver-se livre desse circulo vicioso que lhe causa tanto problema.  

LAPSOS DE MEMÓRIA E AMNÉSIA QUAL A DIFERENÇA?

 LAPSOS DE MEMÓRIA E AMNÉSIA QUAL A DIFERENÇA.


 A maioria das pessoas tem ótima memória e os Lapsos ocasionais são normais. Já quem sofre de amnésia, por doenças como o Alzheimer, em geral não percebe a perda de memória. Sem contar que muitos esquecimentos decorrem de distração por estar às voltas com atividades simultâneas ou excessivas. A falta de concentração prejudica o registro do fato, e um registro fraco dificulta a evocação posterior.
O QUE ACONTECE NA AMNÉSIA

A amnésia é resultado de problemas sérios, como traumas, doenças degenerativas ou acidente. Em alguns casos de traumas, doenças degenerativas ou acidentes que provocam lesões cranianas, os neurônios são atingidos e quebram-se as sinapses, as ligações entre as células nervosas O hipocampo, pequena estrutura localizada no cérebro, processa as informações captadas pelos sentidos e as envia para diversos pontos do córtex, a superfície cerebral, onde serão consolidadas e armazenadas Em consequência, perdem-se as lembranças recentes, ou seja, aquelas apreendidas há dois ou três anos. E deixam de ser assimiladas novas informações. Mas as de longa data, já consolidadas, nunca se apagam.Treinar a memória continua é importante para que os lapsos não causem incômodos. Confira então algumas dicas para exercitá-la!

Preste bastante atenção às informações que recebe. Caso contrário, os mecanismos naturais de fixação do conhecimento não funcionam. Notar os detalhes auxilia a recordar rostos, nomes e ocasiões.
· Tente dormir bem - respeitando a quantidade de horas necessárias para seu organismo -, pois a fixação de novos dados ocorre durante o sono.
· Pratique atividades que exijam concentração e raciocínio, tais como ler, resolver palavras cruzadas e entreter-se com jogos e brincadeiras do tipo xadrez e dama ou mímica.
· Utilize técnicas de memorização. Elas consistem em estabelecer associações entre o que deseja lembrar e algo que já sabe e também em criar enredos para as informações. Por exemplo, um número de telefone pode ser dividido e associado à idade de pessoas íntimas. Ou, se você precisa comprar laranja e fermento no supermercado, imagine uma laranja que atingiu um tamanho gigantesco por causa do fermento. Pode parecer ridículo, mas funciona.
· Procure se envolver afetivamente com o assunto que quer gravar associando-o ou comparando-o a eventos agradáveis ou desagradáveis que você já vivenciou.
· Crie uma rotina fixa para as tarefas diárias e coloque seus objetos pessoais (chaves, agenda, óculos) sempre no mesmo lugar. Dessa forma é provável que perca menos coisas.
· Anote, escreva, copie. Esse hábito estimula a memória visual e ajuda a reter principalmente nomes e números.
DOENÇAS AUTOIMUNES E A PREVENÇÃO NA INFÂNCIA..
Já vimos no texto anterior que o estresse infantil é uma das causas da doença autoimune, agora vamos abordar os sintomas, e o tratamento para prevenção destas doenças que prejudicam tanto a vida adulta. 
Sintomas como inapetência, irritação, queda no rendimento escolar, ansiedade, agressividade, isolamento, entre outros, indicam um quadro de estresse infantil. Vários fatores podem contribuir para o seu aparecimento, como por exemplo: brigas na família, dificuldade de adaptação na escola, mudanças repentinas de rotina, excesso de cobranças e competitividade, intolerância à frustração, excesso de atividades extracurriculares, etc.
Mas afinal, o que é estresse infantil?
O estresse é uma reação emocional diante de situações difíceis ou extremamente excitantes, provocando desequilíbrio físico e emocional.Pode ser desencadeado por fatores internos (personalidade, pensamentos e atitudes) ou fatores externos (família, escola ou rotina).
Como prevenir o estresse.
. Pais estressados tendem a ter filhos estressados, a atitude dos pais diante dos problemas ensina aos filhos como enfrentá-los.Tenha consciência de que você é o maior exemplo que o seu filho tem, e dá a ele o exato padrão de comportamento que este tenderá a repetir.
Não sobrecarregue a criança com atividades. Ajude-a a escolher as que mais lhe agradam e fique atento para que o espaço do descanso, da brincadeira e do estudo sejam preservados.A individualidade da criança deve ser respeitada.
Cada criança tem seu próprio ritmo, não compare seu filho com os irmãos ou com o filho do vizinho. Tenha paciência e priorize sempre a qualidade, não a quantidade.O diálogo é sempre o melhor caminho. Converse, escute a criança e compreenda suas dúvidas, medos e conflitos. Não banalize seus sentimentos ou seu sofrimento. Lembre-se de que este é o universo dela.
Evite a superproteção. Desenvolver a independência e autonomia é fundamental para que a criança aprenda que pode enfrentar e resolver os seus problemas. Crianças demasiadamente poupadas não são preparadas para enfrentar o mundo.
Lembre-se: crianças não são adultos em miniatura. Não transfira para os filhos responsabilidades que não são deles. Questões conjugais devem ser resolvidas sem o envolvimento das crianças.
E, por fim, não vincule o afeto ao desempenho da criança. Muita cautela ao estabelecer trocas na base da punição ou recompensa, você pode estar mostrando ao seu filho que o valor está no que ele faz e não em quem ele é.Na dúvida, procure um profissional especializado.Educar é uma grande aventura e, como em toda aventura, devemos ficar atentos aos nossos passos e aos caminhos que escolhemos.
Não se culpe quando for chamado na escola porque seu filho está apresentando algum problema, os pais com certeza fazem o melhor que podem e com a melhor das intenções, mas todos somos humanos e não temos que acertar em  tudo, não tenha vergonha de buscar ajuda de um profissional ele vai lhe entender e pode lhe ajudar a colocar a casa em ordem, o resultado é sempre muito bom. 

ESTRESSE NA INFÂNCIA E OS RISCOS DE DOENÇA AUTOIMUNE NA VIDA ADULTA.

Estresse na infância aumenta o risco de doenças autoimunes na vida adulta1
 O estresse, seja ele de natureza física ou mental, é composto por um conjunto de reações fisiológicas que se Demasiadas em intensidade ou duração podem levar a um desequilíbrio de nosso organismo. Em um estudo amplo, as adversidades na infância aumentaram o risco para o desenvolvimento de doenças autoimunes na vida adulta. Este tipo de doença é ocasionada pelo sistema imunológico, ou seja, os mecanismos de defesa do corpo humano, desenvolvidos para defendê-lo de agentes agressores, passam a lesar os órgãos do próprio corpo.Pesquisadores avaliaram as hospitalizações decorrentes de doenças autoimunes presentes nos registro de 15.357 adultos (idade média de 56 anos) entre 1995 e 2006. Os eventos adversos na infância (EAI) incluíram abuso físico, sexual, emocional e disfunções no ambiente doméstico, por exemplo, violência, abuso de drogas, doenças mentais, divórcio entre os pais, entre outros. A gravidade dos EAI foi quantificada entre 0 até 8 pontos.Cerca de 20 doenças autoimunes foram pesquisadas como diabetes do tipo 1 ou doenças reumatológicas.Os autores do estudo concluíram que os indivíduos com 2 ou mais pontos para EAI, quando comparados aos que não tiveram nenhum ponto para estes eventos, apresentaram um risco mais elevado para o desenvolvimento de doenças autoimunes (70% a 100%), de acordo com os diversos subtipos destas doenças.
A psicoterapia em idade precoce, logo depois de algum estresse, pode ajudar muito a evitar as doenças autoimunes na vida adulta. 
STRESS E CAUSAS ORGÂNICAS...


A maior parte das pessoas, baseando-se na sua intuição ou na sua experiência pessoal, acredita que o stress emocional pode precipitar ou alterar o curso inclusive de doenças físicas graves. Não é claro como é que estes factores estressantes podem atuar desse modo. As emoções podem obviamente afetar certas funções corporais como a frequência cardíaca, a sudação, os padrões do sono e o ritmo das evacuações intestinais, mas o estabelecimento de outras relações parece menos óbvio. Por exemplo, não foram identificadas as vias de comunicação e os mecanismos pelos quais interagem o cérebro e o sistema imunitário. Poderá a mente (o cérebro) alterar a atividade das células brancas (leucócitos) do sangue e com isso o sistema imunitário? Se isso for assim, como é que o cérebro comunica com as células do sangue? No fim de contas, os leucócitos do sangue movem-se por todo o corpo através da corrente sanguínea ou no interior dos vasos linfáticos e não estão ligados aos nervos. No entanto, as investigações demonstraram que essas relações existem. Por exemplo, a urticária pode produzir-se por uma alergia física ou por uma reação psicológica. A depressão pode inibir o sistema imunitário, fazendo com que a pessoa deprimida esteja mais predisposta a certas infecções, como as causadas pelos vírus do catarro comum.Portanto, o stress pode causar sintomas físicos, embora não exista doença orgânica. O corpo responde fisiologicamente ao stress emocional. Por exemplo, o stress pode causar ansiedade, que, por sua vez, ativa o sistema nervoso autônomo, e as hormonas, como a adrenalina, aumentam o ritmo cardíaco, a pressão arterial e a quantidade de suor. O stress também pode causar tensão muscular, que desencadeará dores no pescoço, nas costas, na cabeça ou noutras partes do corpo. A alteração emocional que desencadeou os sintomas pode passar despercebida se tanto o doente como o médico assumirem que estes foram causados por uma doença orgânica. Podem chegar a efetuar-se muitos exames diagnósticos infrutíferos, procurando descobrir a causa do aumento do ritmo cardíaco, das dores de cabeça ou das dores de costas, por exemplo.Os factores psicológicos podem influir indiretamente no curso de uma doença. Por exemplo, algumas pessoas gravemente doentes negam está-lo ou negam a sua gravidade. A negação é um mecanismo de defesa que ajuda a reduzir a ansiedade e torna mais tolerável uma situação ameaçadora. Se a negação aliviar a ansiedade, pode ser benéfica. No entanto, a negação pode impedir que uma pessoa faça um tratamento, o que pode acarretar consequências graves.Por exemplo, uma pessoa com diabetes que nega a necessidade das infecções de insulina e o controlo de uma dieta rigorosa pode sofrer variações acentuadas nos valores de açúcar no sangue e corre o risco de ter complicações, como o coma diabético. De forma semelhante, uma percentagem elevada de pessoas com pressão arterial elevada (hipertensão) ou epilepsia não tomam os medicamentos, como o deveriam fazer.A interação corpo-mente é uma via de direção dupla. Não só os factores psicológicos podem contribuir para o início ou para o agravamento de uma ampla variedade de perturbações físicas, como também as doenças físicas podem afetar o pensamento de uma pessoa ou o seu estado de espírito. As pessoas com doenças graves, recorrentes ou crônicas, geralmente, deprimem-se. Embora a depressão nestas circunstâncias possa aparecer como uma reação normal, o estado mental merece atenção. A depressão pode piorar os efeitos da doença orgânica e juntar-se aos sofrimentos do doente. Muitas vezes, um tratamento adequado, como o uso de antidepressivos, melhora estas situações.Uma pessoa que está ansiosa ou deprimida pode exprimir uma preocupação através de um problema físico. Este fenômeno é mais frequente nas pessoas deprimidas que parecem incapazes de aceitar que os seus sintomas são primariamente psicológicos. A depressão pode conduzir à insônia, à perda de apetite, à perda de peso e ao cansaço extremo. Em vez de dizer «estou tão deprimido», a pessoa julga que a causa da sua sintomatologia é provocada por uma perturbação física. Isto é conhecido como depressão «mascarada». Algumas pessoas são capazes de admitir que se encontram deprimidas, mas então tratam de o explicar como resultado de uma perturbação física.

INTERAÇÃO CORPO E MENTE - PSICOSSOMÁTICA


O termo «perturbação psicossomática» não tem uma definição precisa. Na maioria dos casos aplica-se às perturbações que se consideram originadas por factores psicológicos. No entanto, não existem perturbações físicas que sejam originadas exclusivamente por factores psicológicos. Mais ainda, uma perturbação física tem necessariamente de incluir uma componente biológica (um factor essencial para que a doença ocorra).
Por exemplo, para contrair a tuberculose, uma pessoa tem de estar infectada pela bactéria Mycobacterium, que causa a doença. Mas muitas pessoas infectadas pelo Mycobacterium têm apenas uma doença ligeira ou simplesmente não sofrem dela. São necessários outros factores para que a tuberculose se declare doença como tal, o que inclui possivelmente uma predisposição hereditária, factores ambientais (como viver em condições de amontoamento), a presença de desnutrição e o stress social ou psicológico (como a perda de um ente querido) e a sua reacção emocional consequente, a depressão. Os factores biológicos, ambientais, sociais e psicológicos combinam-se para que alguém infectado pelo Mycobacterium adoeça de tuberculose. O termo «psicossomático» abrange esta combinação de factores.
DOR DE CABEÇA...


Sintomas e diagnóstico
As cefaleias tensionais manifestam-se geralmente de manhã ou às primeiras horas da tarde e pioram ao longo do dia. Muitas vezes, sente-se uma dor mantida e moderada sobre os olhos ou a nuca, ou então uma sensação de pressão forte (como uma fita apertada à volta da cabeça), que pode acompanhar a dor. Esta pode abranger toda a cabeça e por vezes irradiar para trás, para a nuca até aos ombros.
Para distinguir as cefaleias tensionais das perturbações mais graves, o médico tem em conta a duração da dor e como o doente a descreve quanto à sua localização, o que a provoca e o que a alivia e se está associada a outros sintomas, como enjoo, fraqueza, perturbações sensitivas ou inclusive febre. A dor de cabeça de aparecimento recente que acorda a pessoa e é invulgarmente aguda, contínua, que aparece a seguir a um traumatismo craniano, ou coincide com outros sintomas como formigueiro, debilidade, falta de coordenação, alterações da visão ou desmaios, é muito provável que não seja uma cefaleia tensional. Pode acontecer que a causa seja um processo grave que exija uma avaliação pelo médico o mais cedo possível. Por exemplo, as cefaléias por um tumor cerebral ou por outra causa costumam ser de aparecimento recente, progressivas, piorando da manhã para a tarde, não estar associadas com o cansaço nem com o trabalho, ser acompanhadas de falta de apetite e de náuseas e melhorar ou piorar quando a pessoa muda de posição (ao deitar-se ou levantar-se). 
Tratamento
É possível frequentemente prevenir ou controlar as cefaleias tensionais evitando ou entendendo o stress que as provoca e procurando remédio para ele. Uma vez iniciada a cefaleia, podem dar algum alívio as massagens suaves nos músculos do pescoço, dos ombros e da cabeça, o deitar-se e relaxar--se durante alguns minutos ou o uso da biorretroacção. 
Pode conseguir-se um alívio rápido e temporário para a maioria das cefaleias com qualquer dos analgésicos de venda sem prescrição médica, como a aspirina, o paracetamol (acetaminofeno) ou o ibuprofeno. As cefaleias agudas podem responder aos analgésicos mais potentes de venda com prescrição médica, alguns dos quais contêm derivados opiáceos (por exemplo, codeína ou oxicodona).Algumas pessoas acham que a cafeína (ingrediente contido em alguns preparados contra a dor de cabeça) melhora o efeito dos analgésicos. No entanto, a cefaleia pode também ser induzida por um excesso de cafeína.
No caso das cefaleias provocadas por stress ou depressão crônicos  os analgésicos só não chegarão para as curar porque não tratam os problemas psicológicos subjacentes. A psicoterapia pode beneficiar os doentes com cefaleias provocadas por conflitos sociais ou psicológicos por resolver.
Diferenças entre as dores de cabeça
Tipo ou causaCaracterísticasProvas de diagnóstico
Tensão muscular (é a cefaleia mais frequente)As dores de cabeça são frequentes; a dor é intermitente, moderada e aparece na parte anterior e posterior da cabeça, ou então a pessoa experimenta uma sensação generalizada de tensão ou rigidez.Exames para afastar a possibilidade de uma doença orgânica, avaliação dos factores psicológicos e da personalidade.
EnxaquecaA dor inicia-se no olho ou à volta deste, ou na têmpora, espalha-se um ou a ambos os lados, afecta habitualmente toda a cabeça, mas pode ser apenas de um lado, notam-se as pulsações e é acompanhada de perda de apetite, náuseas e vómitos.
O doente sofre crises periódicas semelhantes durante um tempo prolongado. Quase sempre as crises são precedidas por alterações no estado de espírito, perda de apetite e visão de pontos pretos cintilantes. Por vezes, mas raramente, o doente nota perda de força num lado do corpo. Muitas vezes a enxaqueca incide em famílias.
Se existem dúvidas acerca do diagnóstico e se a dor de cabeça é de aparecimento recente, recomenda-se um exame através de uma RM ou de uma TAC.
Dor de cabeça agrupada ou acumuladaA crise é de curta duração (1 hora), a dor é intensa e sente-se de um lado da cabeça. As crises são episódicas em grupo (com períodos livres de dor) e verificam-se sobretudo nos homens. As pessoas manifestam os seguintes sintomas no mesmo lado da dor: edema por debaixo do olho, secreção nasal, olhos chorosos.Medicamentos para tratar a enxaqueca para o caso de serem eficazes (por exemplo, sumatriptano, metisergida) ou então fármacos vasoconstritores, corticosteróides, indometacina ou inalação de oxigénio.
Pressão arterial elevada (hipertensão)É uma causa pouco frequente de dor de cabeça, excepto nas pessoas afectadas pela hipertensão grave que aparece e desaparece como consequência de um tumor da glândula supra-renal. A dor é acompanhada de palpitações, surge em crises e observa-se na parte posterior ou superior da cabeça.Exames laboratoriais: análises de sangue e estudos da função do rim.
Problemas dos olhos (irite, glaucoma)A dor verifica-se na parte anterior da cabeça ou nos olhos ou por cima destes, é moderada ou intensa e muitas vezes piora depois de se utilizar muito a vista.Exames dos olhos.
Problemas dos seios perinasaisA dor é aguda ou subaguda (não crónica), sente-se na parte anterior da cabeça, é leve ou intensa e habitualmente é pior de manhã, aumenta á tarde e piora com o clima frio e húmido.
A pessoas tem antecedentes de uma infecção das vias respiratórias superiores, dor numa parte da cara, nariz congestionado ou com secreção.
Radiografias dos seios perinasais.
Tumor cerebralA dor é de início recente, intermitente e pode ser leve ou intensa, pode produzir-se num ponto ou em toda a cabeça. A pessoa pode sentir um enfraquecimento de progressão lenta num lado do corpo, convulsões, alterações visuais, perda da fala, vómitos, alterações no estado mental.Exames por RM ou TAC.
Infecção cerebral (abcesso)A dor é de início recente, intermitente e vai de leve a intensa e pode-se verificar num ponto ou em toda a cabeça. A pessoa pode ter sofrido anteriormente infecções dos ouvidos, dos seios perinasais ou dos pulmões ou então de reumatismo ou de uma doença congénita do coração.Exames por RM ou TAC.
Infecção das membranas que cobrem o cérebro (meningite)A dor é de início recente, constante, intensa e em toda a cabeça e desce pelo pescoço. A pessoa sente-se doente, febril e tem vómitos, tudo isso precedido de uma dor de garganta ou de uma infecção respiratória; tem dificuldade em dobrar o pescoço e apoiar o queixo sobre o peito.Análise de sangue, punção lombar.
Acumulação de sangue à volta do cérebro:
1.Hematoma subdural
2.Hemorragia subaracnóidea
1.A dor é de início recente, intermitente ou constante, de leve a intensa; pode surgir num ponto ou em toda a cabeça; desce pelo pescoço.
A pessoa sofreu uma lesão anterior, pode apresentar oscilações no seu nível de consciência.
2.A dor é de início súbita, difusa, intensa e constante; por vezes, pode sentir-se no olho ou à volta do mesmo; a pálpera fecha-se.
1.Exames por RM ou TAC.
2.Exame por RM ou TAC: se o resultado for negativo, punção lombar.
Sífilis
Tuberculose
Criptococose
Sarcoidose
Cancro
A dor é de leve a intensa e sente-se em toda a cabeça ou na parte superior desta.
A pessoa tem febre moderada e uma história de sífilis, tuberculose, criptococose, sarcoidose ou cancro.
Punção lombar.
DISFUNÇÃO DA TIREÓIDEA E DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS


Distúrbios psicológicos são bastante comuns com hiperatividade da tireóide e pode ser parte do quadro inicial: ansiedade e tensão acentuada; labilidade emocional; irritabilidade e impaciência; hiperatividade e dispersibilidade; sensibilidade exagerada ao ruído; depressão flutuante. Transtornos mentais mais graves que costumavam acompanhar "crise da tireóide", como episódios psicóticos agudos, delírio e febre são raras nos dias de hoje como resultado do melhor detecção da doença e a disponibilidade de tratamento eficaz. Em geral, os distúrbios psicológicos mostram resolução satisfatória com o tratamento adequado da hiperatividade da tireóide. O hipotireoidismo geralmente se desenvolve lentamente, e as queixas iniciais são frequentemente menores, vagas e difusas, não é de estranhar que o diagnóstico é muitas vezes esquecido. No entanto, as mudanças físicas que acompanham a enfermidade são características: pele seca, áspera, tez pálida e inchada, perda de cabelo, mudança na voz, diminuição do apetite, etc. Os sintomas psicológicos são comuns e geralmente se manifestam quando o paciente procura tratamento.
Não raro, as perturbações psicológicas são as principais queixas que levam os pacientes com hipotireoidismo para o tratamento psicológico: desaceleração acentuada de todos os processos mentais; progressiva perda de iniciativa e de interesse; dificuldades de memória; pensamento é confuso; deterioração intelectual geral; depressão com conotação paranóica; psicose orgânica. Em casos graves, sem tratamento, a demência pode ser o resultado final. Isso ressalta a importância da detecção precoce e tratamento. É comum o uso de hormônios tireoidianos no tratamento da doença mental por distúrbio tireoidiano. Em qualquer distúrbio da tireóide a adição de tiroxina pode acelerar e aumentar os efeitos de drogas antidepressivas. A tiroxina também foi encontrada por ser benéfica no tratamento de uma condição rara chamada catatonia periódica em que o paciente alterna periodicamente a condição entre os estados de apatia e imobilidade e excitação acentuada. Em conclusão, a perturbação da função da tireóide pode ser acompanhado por distúrbios psicológicos que podem imitar outras síndromes psiquiátricas.  Assim, a detecção precoce e tratamento do distúrbio da tireóide, bem como a devida atenção ao estado emocional e psicológico do paciente, não pode ser subestimado.


TRANSTORNO PSICÓTICO TRANSITÓRIO.




O que é?
É uma psicose de início repentino e duração curta (um mês) em que o paciente fica incapacitado de realizar suas funções sociais e profissionais. Como se trata de um quadro psicótico, na maioria das vezes o paciente nega estar doente; pode até admitir que algo não vai bem, que tem algum problema, mas de forma alguma admite que o problema é mental. Muitos desses surtos são acompanhados de eventos estressantes, fortes como perda de pessoa querida, do emprego, mudança de cidade ou ambiente social, forte ferimento físico, acidente com seqüelas; e ainda, eventos positivos como o nascimento de um filho ou o casamento. O período que se observa em média entre a ocorrência do evento e o início da psicose é de duas semanas, a completa recuperação pode levar de dois a três meses, sendo que a fase pior dura menos de um mês. O tempo mínimo de duração desse transtorno é 48h: abaixo disso o diagnóstico é outro.

Como se caracteriza
O comportamento torna-se desorganizado, não acaba o que começa e o que faz muitas vezes não tem sentido. Veste-se inadequadamente, não atende aos apelos dos familiares, recusa-se em colaborar com o que é preciso. O sono, como em todos os transtornos psicóticos fica diminuído. O senso de perigo pode ser perdido, deixando o fogo da cozinha aceso, a porta da rua aberta, permitindo que crianças brinquem com facas afiadas, etc. Alguns pacientes tornam-se repetitivos nos gestos ou nas palavras. Surgem personagens inexistentes das fantasias delirantes ou das alucinações auditivas, com que o paciente se relaciona. Às vezes rituais com cunho religioso são entoados ou criados pelos pacientes. Diversas outras manifestações podem surgir, os quadros psicóticos costumam ser muito variados, só algumas foram citadas aqui.
PSICOSE PUERPERAL.


O que é?
psicose puerperal (puerpério é a fase que vai até 45 dias após o parto) não é uma psicose à parte: é uma psicose desencadeada pelo parto, assemelhando-se clinicamente às psicoses de curta duração. As psicoses iniciadas após essa fase recebem o diagnóstico de acordo com suas características específicas, não sendo mais classificadas como puerperais.
Generalidades
O pós-parto é uma fase crítica para a mulher por causa das violentas mudanças nas taxas hormonais, além de todo o estresse que o parto implica. Verifica-se um aumento geral na incidência de distúrbios mentais nessa fase, principalmente para quem já sofreu algum problema psiquiátrico antes. A psicose puerperal ocorre na freqüência de um ou dois partos para cada 1000. Ocorrem mais nas primíparas e mães solteiras. Não há relação dessa psicose com a idade da mãe nem com sua cor. Pacientes com transtorno bipolar ou pacientes que tiveram psicose no parto anterior devem tomar medidas preventivas. O início é súbito dando-se em 1/3 dos casos na primeira semana após o parto e 2/3 no primeiro mês. A principal temática dos delírios da psicose puerperal está ligado ao bebê. Os temas mais comuns dos delírios são achar que o bebê não nasceu, foi trocado, está morto ou defeituoso. Tentativas de homicídio contra o bebê podem acontecer. A recuperação da psicose está diretamente ligada a história prévia da paciente. Sendo ela bipolar a recuperação do transtorno se dará de forma natural ou abreviada pelo tratamento. Sendo esquizofrênica o curso crônico prosseguirá com a possibilidade de certa acentuação durante o puerpério. Sem nenhuma história prévia a maior probabilidade é de que a paciente se recupere completamente. O tratamento realizado é o mesmo para as psicoses em geral e o aleitamento materno precisa ser suspenso.

PSICOSE
Generalidades
A Essência da Psicose
Delírio, o Principal Sintoma
Generalidades
A psicose é um estado anormal de funcionamento psíquico. Mesmo não sabendo exatamente como são as patologias psiquiátricas, podemos imaginar algo semelhante ao compará-las com determinadas experiências pessoais. A tristeza e a alegria assemelham-se à depressão e a mania, a dificuldade de recordar ou de aprender estão relacionada à demência e ao retardo, o medo e a ansiedade perante situações corriqueiras têm relações com os transtornos fóbicos e de ansiedade. Da mesma forma outros transtornos psiquiátricos podem ser imaginados a partir de experiências pessoais. No caso da psicose não há comparações, nem mesmo um sonho por mais irreal que seja, não é semelhante à psicose.
COMO SE TRATA A TPM.




Com modificação na dieta, aumentando-se a quantidade de proteínas e diminuindo o açúcar, o sal, o café e o álcool. Fazendo exercícios regularmente, evitando o estresse, suplementando a dieta com vitamina B6, cálcio e magnésio.
As alternativas medicamentosas são com contraceptivos orais e com antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina. Recentemente a FDA (Food and Drug Administration) autorizou o uso da fluoxetina para o tratamento da TPM nos EUA.
O QUE PODE SER CONFUNDIDO COM A TPM?


Causas psiquiátricas
Depressão, Distimia, Ansiedade Generalizada, Transtorno do Pânico, Transtorno Bipolar.
Causas médicas
Anemia, Distúrbios autoimune, hipotireoidismo, diabetes, epilepsia, endometriose, síndrome da fadiga crônica, doenças do colágeno.
Quais são as causas da TPM?
A causa não é conhecida, mas pelas características está relacionada à elevação do estrogênio na fase pré-menstrual ou a queda da progesterona. Contudo, esses dois fatores não são os únicos envolvidos: esses hormônios podem afetar as neurotransmissões e aí então causar os sintomas psiquiátricos. Pode também afetar os receptores fora do Sistema Nervoso Central provocando os diversos outros sintomas.

TPM (TENSÃO PRÉ MENSTRUAL )

A TPM é comum?
Aproximadamente 80% das mulheres em fase reprodutiva apresentam sintomas na fase pré-menstrual, sendo que apenas 3 a 5% de forma grave a ponto de impedir a rotina ou o trabalho. Seu início ocorre em média aos 26 anos de idade e tende a piorar com o tempo. As mulheres mais sujeitas a este problema são aquelas que sofrem de algum problema depressivo ou possuem algum parente com problemas de humor. As mulheres que tiveram depressão pós-parto (uma condição considerada benigna) também estão mais sujeitas.

Principais Sintomas
Psicológicos
Irritabilidade, nervosismo, descontrole das ações ou emoções, agitação, raiva, insônia, dificuldade de concentração, letargia (lentificação para fazer as coisas), depressão, sensação de cansaço, ansiedade, confusão, esquecimento freqüente, baixa auto-estima, paranóia, hipersensibilidade emocional, ataques de choro.
Gastrintestinais
Dores abdominais, inchaço, constipação, náusea, vômitos, sensação de peso ou pressão na pelve.
Dermatológicos
Acne, inflamações na pele com coceira, agravamento de problemas dermatológicos preexistentes.
Neurológicos
Dores de cabeça, tonteira, desmaios, entorpecimento, irritabilidade, sensação de zumbido, machucar-se facilmente, contrações musculares, palpitações, descoordenação dos movimentos
Outros
Aumento da retenção de líquido causando sudorese fácil, intumescimento das mamas, e ganho de peso periódico, diminuição do volume da urina (o que contribui para a retenção de líquido). Aumento da predisposição a alergias e gripes, alterações visuais (talvez devido a retenção de líquidos), conjuntivites (não necessariamente infecciosa), palpitações do coração, dores menstruais, diminuição da libido (desejo sexual), mudanças no apetite (para mais ou para menos), ondas de calor.
O que pode ser confundido com a TPM?
Causas psiquiátricas
Depressão, Distimia, Ansiedade Generalizada, Transtorno do Pânico, Transtorno Bipolar.
Causas médicas
Anemia, Distúrbios autoimune, hipotireoidismo, diabetes, epilepsia, endometriose, síndrome da fadiga crônica, doenças do colágeno.
Quais são as causas da TPM?
A causa não é conhecida, mas pelas características está relacionada à elevação do estrogênio na fase pré-menstrual ou a queda da progesterona. Contudo, esses dois fatores não são os únicos envolvidos: esses hormônios podem afetar as neurotransmissões e aí então causar os sintomas psiquiátricos. Pode também afetar os receptores fora do Sistema Nervoso Central provocando os diversos outros sintomas.







ANSIEDADE NORMAL OU PATOLÓGICA...


A ansiedade é um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estômago (ou na espinha), opressão no peito, palpitações, transpiração, dor de cabeça, ou falta de ar, dentre várias outras.
A ansiedade é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças. O medo é a resposta a uma ameaça conhecida, definida; ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, vaga.
A ansiedade prepara o indivíduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameaça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Desta forma, a ansiedade prepara o organismo a tomar as medidas necessárias para impedir a concretização desses possíveis prejuízos, ou pelo menos diminuir suas conseqüências. Portanto a ansiedade é uma reação natural e necessária para a auto-preservação. Não é um estado normal, mas é uma reação normal, assim como a febre não é um estado normal, mas uma reação normal a uma infecção. As reações de ansiedade normais não precisam ser tratadas por serem naturais e auto-limitadas. Os estados de ansiedade anormais, que constituem síndromes de ansiedade são patológicas e requerem tratamento específico. Os animais também experimentam ansiedade. Neles a ansiedade prepara para fuga ou para a luta, pois estes são os meios de se preservarem.
A ansiedade é normal para o bebê que se sente ameaçado se for separado de sua mãe, para a criança que se sente desprotegida e desamparada longe de seus pais, para o adolescente no primeiro encontro com sua pretendente, para o adulto quando contempla a velhice e a morte, e para qualquer pessoa que enfrente uma doença. A tensão oriunda do estado de ansiedade pode gerar comportamento agressivo sem com isso se tratar de uma ansiedade patológica. A ansiedade é um acompanhamento normal do crescimento, da mudança, de experiência de algo novo e nunca tentado, e do encontro da nossa própria identidade e do significado da vida. A ansiedade patológica, por outro lado caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração proporcionalmente à situação precipitante. Ao invés de contribuir com o enfrentamento do objeto de origem da ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação.

O AMOR QUE PROVOCA SOFRIMENTO PSÍQUICO....

Consideramos relevante falar sobre um tipo de amor que provoca, para muitos, sofrimento psíquico, ansiedade e que em muitas situações preenchem sessões de psicoterapia e mudança de uma rotina funcional para uma disfuncional. Dentro da mesma linha temática falaremos do apego como objeto de vinculação e uma das principais causas da formação da dependência. Defenderemos que um vínculo mal formado com a principal figura de apego na infância traria transtornos nos relacionamentos na vida adulta. O vicio afetivo possui características como qualquer outra adicção e para isso precisa de um olhar individualizado, diferente de outras patologias. Abordaremos complementarmente os processos que envolvem a idealização do amor e como estão associadas à dependência afetiva. Não temos a pretensão de analisar com efeito de julgamento os efeitos de um amor dependente, lembramos antes disso que, em muitos casos a dependência é único recurso que o sujeito pode lançar mão em detrimento de sua saúde psíquica.Sabemos que construímos nossa afetividade desde o momento primário, no relacionamento profundo entre mãe e filho nas primeiras fases da vida, e que qualquer quebra nessa relação pode influenciar negativamente na forma como o sujeito irá se relacionar com o outro. A dependência afetiva é um dos fatores que fazem os consultórios psicológicos estarem abarrotados. Nem sempre as pessoas conseguem lidar com o fato de estar só e veem no outro a esperança, mesmo que a relação esteja completamente fadada ao insucesso e o rompimento eminente. O apego acaba gerando mais sofrimento e um gasto dispendioso de energia, transformando os relacionamentos no “mal do amor”.

A dependência afetiva está ligada ao termo adicção, que comumente é associada à dependência química, mas tem muita relação com a dependência afetiva emocional, uma vez que envolve a adoção patológica de um objeto que não necessariamente a droga sintética, o álcool ou o tabaco, na tentativa frustrada de lidar com seus conflitos psíquicos. No dependente afetivo não devemos nos ater unicamente em sua dependência, mas como as pessoas envolvidas internalizaram seus objetos primários e até que ponto necessitam compensar as suas faltas.
A expectativa criada pelo amor idealizado e o amor real, onde diante de nossas primeiras aspirações infantis embasadas pelo amor que vivenciamos em nossas famílias de origem transferimos e o idealizamos com os parceiros. Nesses casos o desfecho é sempre o mesmo, frustração e conflito na maior parte das vezes, por querer forçar uma situação ou um modo de ser que não corresponde a realidade, e sim a uma fantasia gerada no inconsciente, quando o vínculo amoroso tem interferência das relações primárias e do contexto familiar, de um padrão vincular que o indivíduo desenvolve a partir de sua inter e intrasubjetividade, causando dependência, na relação com outro. Desejamos sempre um amor ideal, mas o processo de maturidade exige uma adequação das fantasias à realidade.
Estreitar laços afetivos equivale acender um sinal de alerta que tem uma mensagem subliminar de sofrimento porque vinculação implica em gratificações e perdas. A dependência emocional tira do sujeito a possibilidade de ser ele mesmo, sem dúvida uma relação que implique o aniquilamento do eu pode gerar ansiedade de aniquilamento.Entregar-nos de forma desmedida por amor ou qualquer outra forma de paixão pode nos parecer uma perda e não uma vantagem. Como é possível que sejamos tão passivos? Tão sem controle? Como fazer para nos encontrar novamente? Ao ser consumido por essas ansiedades o sujeito pode erguer muros intransponíveis e não fronteiras, isolando-se de qualquer experiência de entrega emocional verdadeira. Sim, porque o fato de uma pessoa viver uma relação amorosa simbiótica não implica que houve entrega emocional saudável, o que se configura nesse tipo de relação se aproxima da patologia. É o que se chama de relação fusional, esta servirá como base na construção de nossa dinâmica emocional inconsciente, na busca do nosso objeto de amor e desejo.
No amor, não é tarefa fácil estabelecer o limiar do que é normal e do que é patológico. Muitas vezes o sujeito que está envolvido na relação não tem discernimento para distinguir o quanto faz mal compartilhar uma vida asfixiando e sendo asfixiado por um amor delirante e traz em si a ilusão que agindo de forma coercitiva irá manter o ser  amado ao seu lado, preenchendo uma lacuna que na verdade jamais será preenchida,  pois viver também é falta, é vazio, e é incompletude. Esse amor patológico pode ser caracterizado pelo comportamento de prestar cuidados e atenção ao parceiro, de maneira repetitiva e desprovida de controle em um relacionamento amoroso. Podemos acrescentar que ao nos envolvermos com alguém qualquer sentimento associado à posse, controle excessivo, atitudes de segregação e/ou sensações que gerem sofrimento para ambas as partes pode ser considerado como amor patológico e/ou dependente. Amar dá trabalho. E o ganho pode parecer pouco, especialmente quando se vive em mundo como o nosso, que nos cobra a busca por um fictício estado prazeroso ininterrupto. O ganho que não está previsto nessa conta que soma êxtases, é aquele que não se percebe imediato: as transformações do eu  na experiência da intersubjetividade. O eu não é um produto pronto e acabado na saída da primeira infância. O eu passa a vida se fazendo e se refazendo nas relações com o mundo. A falta de relações intersubjetivas autênticas impossibilita experiências da vida que são imprescindíveis para felicidade do eu. Ou seja, não nos bastamos, mesmo quando acreditamos que é melhor não gostar de ninguém para evitar sofrimento. Evitamos as dores de amores pelo outro e afundamos nas dores do vazio de si mesmo. O amor atrai pela promessa do bem, mas cutuca uma ferida narcísica: expõe nossa carência, nossa falta em sermos completos como gostaríamos. Quando amamos, sofremos porque vemos no outro tudo que nos falta e queremos. Sofremos porque temos medo que o outro goste menos de nós e nos abandone, levando consigo uma parte nossa que nos desabita. Contudo, apesar de todas intercorrências que são inerentes a quem padece da dependência afetiva, não adianta impor nossa forma de amar, não adianta a doação incondicional a pessoa amada se não existir amor a si próprio. Aquele encontro conosco que (re)significa nossa experiência e nos coloca no lugar de sujeito nos tirando da posição de apenas desejante.





Síndrome do Pânico

SÍNDROME DO PÂNICO

 A Síndrome do Pânico é um distúrbio de ansiedade grave, real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado com tratamentos específicos como a Psicoterapia e em alguns casos, com acompanhamento médico que devem ser levados a sério pelo paciente. Geralmente a Síndrome do Pânico é confundida com uma doença cardíaca ou outra doença grave. É um distúrbio de ansiedade generalizada, nitidamente diferente dos outros tipos de ansiedade, pois se caracteriza por crises súbitas acompanhadas do medo intenso e irracional de morte iminente, aparentemente sem fatores que justifiquem tais crises, mas que, com certeza, faz com que o portador sinta-se incapaz. Freqüentemente, as pessoas procuram um pronto socorro quando têm a crise de pânico e podem passar desnecessariamente por extensos exames médicos para excluir possibilidades de outras doenças o que causa um desgaste emocional muito grande, além da frustração quando se percebe que os resultados dos exames nada indicam; isso faz o paciente entrar num estado intenso de stress, podendo levá-lo a um processo depressivo, carregado de sintomas desagradáveis , tornando-o totalmente inseguro e medroso diante de tudo e de todos. Os sintomas aparecem de repente e sem causa aparente; alguns deles podem incluir: palpitações (coração dispara), dores fortes no peito, tontura, atordoamento, náusea, intensa dificuldade para respirar, com fortes sensações de falta de ar, sensação de formigamento nas mãos e pernas, fraqueza nas pernas que dá a impressão e sensação de desmaios, ondas intensas de frio e calor, terror (sensação de que algo muito ruim vai acontecer e que se vai perder o controle da situação e ficar impotente para reagir. O principal sintoma dentre todos esses é o medo da morte súbita. As crises de pânico geralmente duram de 5 a 20 minutos e é uma das situações mais angustiantes que pode ocorrer com alguém; quem tem uma crise do pânico, com certeza terá outras, pois elas são reincidentes , podendo se repetir por várias vezes seguidas, ou não, dependendo do caso. Por tudo isso, há a necessidade da avaliação de um profissional especializado na área. Depois de uma crise, geralmente a pessoa começa a desenvolver medos irracionais (chamados fobias)e a evitar todas as situações que lhe provoquem tais fobias. Gradativamente, o nível de ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir proporções tais, que a pessoa com a Síndrome do Pânico pode se tornar incapaz de realizar as coisas mais simples, que antes da crise, conseguia fazer sem problema algum. Algumas pessoas chegam a se isolar dentro de casa a tal ponto de nem conseguirem colocar os pés para fora de casa. Nesse estágio costuma-se dizer que a pessoa tem a Síndrome do Pânico com agorafobia (que é o medo de lugares abertos). Desta forma, a Síndrome do Pânico traz um impacto tão grande na vida de uma pessoa, como qualquer outra doença grave, que se não for tratada corretamente, poderá se agravar a ponto do paciente ser profundamente prejudicado pelas crises de pânico ou pelas tentativas de evitá-las ou ocultá-las. De fato, muitas pessoas têm problemas com os amigos ou a família, ou perdem o emprego, enquanto lutam contra os distúrbios da doença. Pode haver períodos de melhora espontânea desses distúrbios, mas em geral, eles não desaparecem, sem um tratamento eficaz. De acordo com uma das teorias, o sistema de "alerta" normal do organismo (um conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça) tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, sem haver perigo iminente. Graças a estudos, a Psicoterapia, com suas diversas abordagens ou tipos específicos de tratamento, vem obtendo ótimos resultados com pacientes dessa síndrome. A melhora em geral ocorre em poucas semanas, claro que se o paciente participar ativamente do tratamento, querendo se ajudar. A participação do paciente é essencial para que se possa resolver e superar efetivamente o problema. Infelizmente, muitas pessoas com distúrbio do pânico não procuram ou não recebem tratamento adequado por desconhecerem a doença e sua gravidade. Uma dica muito importante para quem convive com pessoas com essa doença é: Ter muita paciência , compreensão e incentivar o doente a procurar ajuda especializada, pois sem essa ajuda o quadro tende a se agravar a cada dia e continuar por meses ou anos. Embora, caracteristicamente, ele se inicie na vida adulta, em algumas pessoas os sintomas podem aparecer antes ou depois deste período. Ainda não se sabe qual a causa do pânico; há alguns estudos sobre o assunto, mas com certeza o stress é um dos fatores mais acentuados. Constatou-se também que o pânico ocorre com maior freqüência em algumas famílias e isto pode significar que haja uma participação importante de um fator hereditário (genético), que provocará a doença. Devido a todos esses fatores e a gravidade da Síndrome do Pânico, se você conhece alguém ou mesmo você tem alguns desses sintomas ou identifica-se com eles, procure ajuda de um psicólogo/psicoterapeuta. Com certeza o resultado será satisfatório.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA DOENÇA DE ALZHEIMER. 
  • Existem algumas doenças que podem simular o Alzheimer, que sempre devem ser excluídas para se confirmar o diagnóstico. 
  • Neurocisticercose (calcificações cerebrais provocadas pela Tênia, ou Solitária). 
  • Tumores Cerebrais. 
  • Hemorragias Cerebrais. 
  • Arteriosclerose. 
  • Intoxicações ou reações paradoxais a medicamentos. 
  • Idem a de drogas ilegais mas também legais (álcool). 
  • Atrofia cerebral provocada por alcoolismo. 
  • Síndrome de Korsakoff. 
  • Deficiência grave de Vitamina B. 
  • Hipotireoidismo e anemia graves. 
  • Depressão em pacientes de muita idade. Uma Depressão pode imitar o Alzheimer e o diagnóstico diferencial às vezes só pode ser feito através do tratamento com Antidepressivos. 

Esse tipo de Depressão se chamava Pseudo Demência. 
  • O mesmo para Psicoses em pessoas de muita idade. 
  • Traumatismos Cranianos e suas sequelas. 

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-IV (IGUAL AO ICD-10) 
  • Múltiplos transtornos cognitivos 
  • Deterioração da memoria 
  • Uma ou mais de: afasia, apraxia, agnosia ou alteração executiva. 
  • Os défices provocam deterioração significativa da atividade laboral ou social; 
  • Início gradual ou deterioração 
  • Não é devido a outras doenças do SNC, sistêmicas ou uso de substâncias; 
  • Os défices não aparecem exclusivamente em delirium; 
  • Não se explica por depressão, esquizofrenia. 
O DIREITO DE INFORMAÇÃO SOBRE A DOENÇA DE ALZHEIMER.

Hoje em dia, cada vez mais pessoas com a doença de Alzheimer têm sido informadas acerca do seu diagnóstico. Isto deve-se provavelmente a uma maior consciencialização da doença. Algumas pessoas podem não querer ser informadas do diagnóstico. 
No entanto, considera-se, geralmente, que todos deveriam ter o direito e ser-lhes dada a oportunidade de decidir se preferem tomar conhecimento ou declinar este direito. Existem prós e contras em informar alguém acerca do seu diagnóstico. Também, a partir do momento em que se decide informar alguém acerca do seu diagnóstico, pode surgir o problema de como informar a pessoa. 
Prós e contras em contar à pessoa
Em muitos dos casos, em resultado da preocupação manifestada pelos membros da família, fazer um diagnóstico. Muitas das vezes, as pessoas com demência não se encontram conscientes, ou não reconhecem o fato de terem um problema. Não estão, por isso, interessados em obter um diagnóstico. 
Alguns podem sentir-se deprimidos quando sabem, ou sentir que seriam mais felizes se não soubessem. Quando uma pessoa sabe que tem a doença de Alzheimer, e compreende o que isso implica, pode planear como tirar mais partido dos anos de funcionamento mental, relativamente consistente, que lhes restam. Podem, igualmente, adotar um papel importante na preparação do acompanhamento, para encontrar quem possa cuidar deles, fazer decisões financeiras importantes, e podem mesmo decidir participar na investigação, ou providenciar os preparativos necessários para doar tecido cerebral para ser investigado após a sua morte. 
Como informar a pessoa acerca do diagnóstico
Alguns familiares e amigos podem vir a sentir dificuldades em abordar o assunto. Algumas pessoas preferiam que lhes contassem em privado, enquanto outros podem achar mais reconfortante que lhes seja transmitido na presença da família, que lhes poderia dar apoio moral e emocional. Uma outra possibilidade é a de combinar que seja o médico da pessoa a contar-lhe. Pode ajudar, combinar e a pessoa vai ao médico acompanhado ou sozinho. O médico poderia então responder a quaisquer perguntas que, tanto o cuidador como a pessoa com demência tivessem. A forma de explicar o diagnóstico depende da capacidade de compreensão da pessoa. Algumas pessoas podem compreender uma explicação sobre o que é a doença, como tende a progredir e as repercussões na vida diária, enquanto outras podem apenas ser capazes de perceber que têm uma doença que implica a perda de memória. Ao serem informados, podem necessitar de apoio para lidar com sentimentos de revolta, auto-culpabilização, medo e depressão. Alguns podem vir a beneficiar de aconselhamento e grupos de apoio, desde que a doença não esteja demasiadamente avançada. 
DIFERENTES POSSIBILIDADES DE DIAGNÓSTICO

Existem três possibilidades para um diagnóstico da doença de Alzheimer: doença de Alzheimer possível, provável e definitiva. 
Doença de Alzheimer possível
O diagnóstico da doença de Alzheimer possível baseia-se na observação de sintomas clínicos e na deterioração de duas ou mais funções cognitivas (por exemplo, memória, linguagem ou pensamento) quando existe uma segunda doença que não seja considerada como causa de demência, mas que torna o diagnóstico da doença de Alzheimer menos certo. 
Doença de Alzheimer provável
O diagnóstico é classificado de provável com base nos mesmos critérios utilizados no diagnóstico da doença de Alzheimer possível, mas na ausência de uma segunda doença. 
Doença de Alzheimer definitiva
A identificação de placas e entrançados característicos, no cérebro, é a única forma de confirmar, com certeza, o diagnóstico da doença de Alzheimer. Por este motivo, o terceiro diagnóstico, determinante da doença de Alzheimer, só pode ser efetuado através de biopsia ao cérebro ou depois da autópsia
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE ALZHEIMER.

A doença de Alzheimer é uma forma de demência, mas não é necessariamente originada pelos mesmos factores que originam as outras formas de demência. Contudo, apesar da série considerável de investigações, a causa real da doença permanece desconhecida. Não existe um único teste que determine se alguém tem a doença de Alzheimer. É diagnosticado, preferencialmente, através de um processo de eliminação, assim como através de um exame minucioso do estado físico e mental da pessoa, em vez da detecção de uma prova da doença. 
Estado físico e mental
É possível que se solicite ao cuidador ou familiar que providenciem informação sobre o comportamento da pessoa, como por exemplo, dificuldades em vestir-se, lavar-se, lidar com as finanças, cumprir compromissos, viajar sozinho, desembaraçar-se no emprego e usar electrodomésticos. Normalmente procede-se a uma avaliação neuropsicológica. Isto implica que se descubram possíveis problemas com a memória, linguagem, planificação e atenção. Utiliza-se, frequentemente, um teste simples denominado de Mini Avaliação do Estado Mental (Mini-Mental State Examination). Isto implica que se peça à pessoa que responda a perguntas do gênero: Qual é a data de hoje? Em que cidade é que estamos? Como é que se chama isto? (mostra-se um relógio). Outra parte do teste é para seguir uma série de instruções. 
Pode-se efetuar uma bateria de testes (por exemplo, análises de sangue e urina), de forma a pôr de parte a possibilidade de existirem outras doenças que possam explicar o síndrome de Alzheimer, ou doenças que possam agravar um caso já existente de doença de Alzheimer. Para além disto, existem alguns métodos de visualização do cérebro que têm vindo a ser desenvolvidos, e que produzem imagens do cérebro vivo, revelando assim possíveis diferenças entre os cérebros das pessoas com a doença de Alzheimer, e os dos indivíduos não afetados. Estes testes providenciam um meio sem risco e indolor para examinar o cérebro.
QUEM PODE SER AFETADO COM A DOENÇA DE ALZHEIMER ?

Com base na comparação de grandes grupos de pessoas com a doença de Alzheimer com outras que não foram afetadas, os investigadores sugerem que existe um número de factores de risco. Isto significa que algumas pessoas são mais propensas à doença do que outras. No entanto, é improvável que a doença possa ser originada por uma única causa. É mais provável que seja uma combinação de factores a conduzir ao seu desencadeamento, com destaque para factores particulares que diferem de pessoa para pessoa.
Idade 
Cerca de uma pessoa entre vinte, acima dos 65 anos de idade, e menos de uma pessoa entre mil,com menos de 65 anos, têm a doença de Alzheimer. No entanto, importa notar que apesar das pessoas tenderem a ficar esquecidas com o passar do tempo, a maioria das pessoas com mais de 80 anos permanece mentalmente lúcida. Isto significa que apesar de, com a idade, a probabilidade de se ter a doença de Alzheimer aumentar, não é a idade avançada, por si, que provoca a doença. Contudo, provas recentes sugerem que problemas relacionados com a idade, tais como a arteriosclerose, podem ser contributos importantes. Dado que as pessoas também vivem mais tempo do que no passado, o número de pessoas com a doença de Alzheimer e outras formas de demência vai, provavelmente, aumentar.
Sexo 
Alguns estudos têm sugerido que a doença afeta mais as mulheres do que os homens. No entanto, isto pode ser induzir em erro, porque as mulheres, enquanto grupo, vivem mais tempo do que os homens. Isto significa que se os homens vivessem tanto tempo como as mulheres, e não morressem de outras doenças, o número afetado pela doença de Alzheimer seria sensivelmente igual ao das mulheres.
Factores genéticos/hereditariedade 
Para um número extremamente limitado de famílias, a doença de Alzheimer é uma disfunção genética. Os membros dessas famílias herdam de um dos pais a parte do DNA (a configuração genética) que provoca a doença. Em média, metade das crianças de um pai afetado vai desenvolver a doença. Para os membros dessas famílias que desenvolvem a doença de Alzheimer, a idade de incidência costuma ser relativamente baixa, normalmente entre os 35 e os 60. A incidência é razoavelmente constante dentro da família.
Descobriu-se uma ligação entre o cromossoma 21 e a doença de Alzheimer. Uma vez que a síndrome de Down é causada por uma anomalia neste cromossoma, muitas crianças com a síndrome de Down virão a desenvolver a doença de Alzheimer, se alcançarem a idade  média, apesar de não manifestarem todo o tipo de sintomas.
Traumatismos cranianos 
Tem sido referido que uma pessoa que tenha sofrido um traumatismo craniano severo corre o risco de desenvolver doença de Alzheimer. O risco torna-se maior se, na altura da lesão, a pessoa tiver mais de 50 anos, tiver um gene específico (apo E4) e tiver perdido os sentidos logo após o acidente. 
Outros factores 
Não se chegou ainda à conclusão se um determinado grupo de pessoas, em particular, é mais ou menos propenso à doença de Alzheimer. Raça, profissão, situações geográficas e sócio-econômicas, não determinam a doença. No entanto, há já muitos dados que sugerem que pessoas com um elevado nível de educação tenham um risco menor do que as que possuem um nível baixo de educação

TESTES NEUROPSICOLÓGICOS PARA DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE ALZHEIMER.

Segundo o DSM-IV-TR (2000), para o diagnóstico de demência é necessário o comprometimento da memória e de, pelo menos, um dos seguintes domínios cognitivos: linguagem, praxia, gnosia ou função executiva. O CID-10 define a Doença de Alzheimer como “doença cerebral degenerativa primária de etiologia desconhecida. O transtorno é usualmente insidioso no início e se desenvolve lenta, mas continuamente, durante um período de vários anos”. Nos sintomas iniciais aparecem exuberantes alterações de comportamento (delírios de ciúme), que progrediam gradualmente com perdas progressivas de memória, de capacidade crítica e de linguagem.
Três hipóteses atualmente dominam as frentes de estudos de DA. Na primeira delas, os pesquisadores descrevem uma proteína de membrana normal que se deposita em grande quantidade no cérebro, chamada beta-amilóide. Ao sofrer um processo anormal, ela acabaria tendo efeito tóxico e nocivo no sistema nervoso central. Ou seja, as células cerebrais começariam a morrer e a formar cicatrizes em forma de estruturas microscópicas, as chamadas placas senis. Estas, aliadas à morte dos neurônios, vão gradualmente impedindo o cérebro de funcionar convenientemente, gerando um processo cíclico.
Já na segunda hipótese, o Alzheimer estaria diretamente ligado ao vírus que causa a herpes simples, o HSV1. Um estudo realizado por cientistas ingleses revela que as placas de proteína do cérebro dos que sofrem de DA contêm DNA do vírus do herpes. Os cientistas suspeitam que o vírus se aloje no cérebro aproveitando-se da fraqueza imunológica promovida pelo herpes e estabelece ali uma infecção latente, ativada por fatores como estresse, supressão imunológica e infecções variadas.
E finalmente, em 2005 foi sugerido por Rivera et al. que o aparecimento da doença de Alzheimer pode estar associado com uma nova forma de diabetes, denominada pelos autores de Diabetes tipo 3. Apesar de ser o pâncreas o principal responsável pela distribuição da insulina, a queda dos níveis desta no cérebro provoca a denominada diabetes tipo 3. No estudo, verificou-se que o cérebro produz uma pequena quantidade de insulina e de proteínas. O fato de existir um adequado nível de insulina, bem como o correto funcionamento dos receptores, é descrito como vital para a sobrevivência das células do cérebro. Dentre os critérios clínicos mais utilizados para o diagnóstico de DA, incluem-se o comprometimento progressivo da memória, associado a algum outro distúrbio ou comprometimento de outras funções cognitivas, como linguagem, habilidades visuoespaciais e visuoperceptivas. A DA progride em três estágios de forma relativamente previsível em grande parte dos casos.
O primeiro estágio tem como principal característica a perda de memória para fatos recentes, com preservação dos fatos remotos. A linguagem também pode estar alterada, sobretudo nos casos pré-senis. O paciente apresenta discurso vazio, com pobreza de substantivos e de idéias, além de dificuldade de nomeação e diminuição da fluência verbal. No segundo estágio, a linguagem é caracterizada por discurso fluente e parafrásico (deformações de palavras existentes, por exemplo: caneira no lugar de cadeira), acompanhada
de compreensão alterada e repetição relativamente preservada. A memória remota passa a ficar comprometida, assim como a recente. As habilidades visuoespaciais são progressivamente danificadas e os pacientes perdem-se dentro da própria casa. No final, todas as funções cognitivas estão gravemente prejudicadas. A fluência verbal se reduz à ecolalia (repetição da última ou últimas palavras que alguém dirigiu ao enfermo), palilalia (repetição automática e estereotipada pelo enfermo da última ou últimas palavras que ele mesmo emitiu) ou mutismo (ausência de resposta verbal oral). Ocorre incontinência esfincteriana e o paciente desenvolve rigidez muscular generalizada.
Um dos tipos de memória afetada na DA é a memória episódica (relacionada aos acontecimentos). Esta requer o funcionamento do hipocampo, estrutura do cérebro responsável pela formação de novas memórias. Esta memória tem vida curta enquanto depender do hipocampo e, para torná-la duradoura, é necessária a reconsolidação por meio do sono e da constante utilização. Os testes neuropsicológicos,assim como a própria Neuropsicologia, derivam de várias práticas: do exame neurológico clínico, da Psicologia Experimental e Clínica e da própria pesquisa em Neuropsicologia.
A avaliação neuropsicológica tem se mostrado de valor fundamental ao trabalho de vários profissionais e serviços, médicos ou não-médicos, tendo em vista que ela propicia um amplo leque de aplicações em diferentes contextos. Os testes são norteados por seis tipos de requisições: auxílio diagnóstico,prognóstico, orientação para o tratamento, auxílio para o planejamento da reabilitação, seleção de pacientes para técnicas especiais e perícia.
No auxílio diagnóstico, a avaliação visa responder uma pergunta que tem a ver com a origem, a natureza ou dinâmica da condição em estudo. Em boa parte das solicitações, indica que há dúvida quanto ao diagnóstico ou quanto à extensão dos problemas. Já no prognóstico, o diagnóstico já está feito, mas deseja-se estabelecer o curso da evolução e o impacto que tal patologia terá em longo prazo.
Entre os empregos e objetivos da investigação neuropsicológica, a orientação para o tratamento é das mais importantes. Ao estabelecer a relação entre o comportamento e a patologia, a avaliação neuropsicológica não só delimita áreas de disfunção, mas também estabelece a dinâmica das desordens em estudo.
A hipótese do Diabetes 3, supõe que a utilização da glicose e do metabolismo energético são reguladas pela insulina e pela insulina como fator de crescimento I (insulin-like growth factor I ─ IGF-I), respectivamente. Descobriu-se que a queda da utilização de glicose e deficiência metabólica ocorrem no início da DA. O estudo mostrou anormalidades na A hipótese do Diabetes 3, supõe que a utilização da glicose e do metabolismo energético são reguladas pela insulina e pela insulina como fator de crescimento I (insulin-like growth factor I ─ IGF-I), respectivamente.seria uma doença neuro-endócrina, fazendo um paralelo com a diabetes mellitus sugerindo que a demência em questão seria uma doença neuro-endócrina, fazendo um paralelo com a diabetes mellitus.
.A hipótese do Diabetes 3, supõe que a utilização da glicose e do metabolismo energético são reguladas pela insulina e pela insulina como fator de crescimento I (insulin-like growth factor I ─ IGF-I), respectivamente. Descobriu-se que a queda da utilização de glicose e deficiência metabólica ocorrem no início da DA. O estudo mostrou anormalidades na insulina e no IGF-I de indivíduos portadores de DA, sugerindo que além de avaliar a qualidade de vida, deve-se computar o nível de depressão em que apessoa, com a enfermidade ou não, se encontra. A depressão é o problema de saúde mental mais comum na terceira idade, tendo impacto negativo em todos os aspectos de vida foram desenvolvidos um instrumento de triagem para depressão, a Escala de Depressão Geriátrica (EDG).


O QUE FAZ UM PSICANALISTA ?
Penso que a psicanálise seja uma das experiências capazes de nos auxiliar a fortalecer a nossa potência de agir, justamente porque a matéria-prima de seu funcionamento é justamente a investigação cuidadosa daquilo que diminuiu a nossa potência e fez com que procurássemos ajuda. Um dos objetivos da psicanálise, portanto, é nos dar mais “liberdade de movimentos”. O que a neurose faz conosco é o oposto: ela restringe essa liberdade, por exemplo: impedindo um jovem de ter uma ereção completa ou uma dona de casa de sair à rua por medo das pessoas ou um executivo de trabalhar por não conseguir deixar de repetir: “Controle remoto” 30 vezes a cada 15 minutos…A psicanálise ajuda pessoas como essas a se verem livres dessas amarras que as impedem de alcançarem seus objetivos, terem maior bem-estar etc. Todavia, há um detalhe importantíssimo que é o que diferencia o método psicanalítico em relação a outros tipos de tratamento: a psicanálise só consegue ajudar as pessoas a terem maior liberdade de movimentos precisamente porque ela se coloca outro objetivo como anterior a esse! Qual objetivo? Basta que você leia meia dúzia das páginas de “Estudos sobre Histeria”, livro que Freud escreveu com Joseph Breuer, para que você logo se dê conta. Você verá naquelas páginas, Freud interessado não tanto em fazer sumir o sintoma das histéricas, mas sim em extrair delas um saber sobre aqueles sintomas, em descobrir-lhes as causas! Ou seja, meus caros: a psicanálise consegue ajudar o paciente a terem sua saúde restabelecida ao ter como finalidade inicial não a eliminação de seus sintomas, isto é, as amarras, mas sim a reconstrução de sua história, a descoberta de seu desejo e, assim, gradualmente os sintomas deixam de ter serventia e o paciente consegue abdicar da prisão da qual tanto gostava – sem o saber. Matam-se dois coelhos com uma única pedrada.